A instalação de uma nova usina de álcool e açúcar na região de Ribeirão, mais precisamente em Cravinhos, enfrenta resistência de ambientalistas e associações. A usina é considerada uma ameaça ao aquífero Guarani, um dos maiores reservatórios de água doce do mundo, que tem áreas de recarga na região. Prevista para começar a operar em 2012, a CEC (Companhia Energética Cravinhos) pertence a um grupo de empresários liderados pelo Grupo WTB e está em fase de licenciamento ambiental. O investimento previsto é de R$ 361 milhões. A capacidade é para moer 900 mil toneladas de cana. Foi o EIA/Rima (Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental) exigido para o empreendimento que despertou a mobilização de membros da Associação Cultural e Ecológica Pau Brasil e da Fabarp (Federação das Associações de Bairro de Ribeirão Preto). Para o presidente da Pau Brasil, Manoel Tavares Ferreira, a retirada de água subterrânea para abastecer a usina irá aprofundar o problema, já crítico, de rebaixamento do nível do aquífero. "Mesmo que tenha reaproveitamento de água, a usina vai estar esgotando essa fonte", afirma Tavares. A CEC prevê captar, de três poços, até 575 mil litros de água por hora. Feito pelo escritório Andrade Paulista, o estudo da Fabarp concluiu que não é "recomendável" a instalação da usina em área de recarga do aquífero Guarani. (Folha de São Paulo – 13.08.2010)
Sexta, 13 de agosto de 2010
Ambientalistas "vetam" nova usina em Cravinhos
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