O sucesso da energia eólica
nos leilões do governo está incomodando os produtores de biomassa e provocando
uma disputa entre os setores. Para os produtores de biomassa, é desigual a
competição entre as fontes. Além do custo diferenciado nos financiamentos,
incentivos fiscais para a instalação de usinas no Nordeste tornaram a energia
eólica mais barata. "Existe uma competição entre fontes diferentes que têm
custos e localizações diferentes", afirma Nivalde de Castro, coordenador
do Gesel. Já Ricardo Simões, presidente da Abeeólica, diz que o grande
financiador desses projetos é o BNDES, que também apoia as usinas de cana.
Segundo Simões, o ganho de competitividade da energia eólica no país está
diretamente relacionado à crise econômica e com a queda do dolár. Além disso,
os produtores de eólica assumiram taxas de retorno menores em seus empreendimentos.
"As nossas margens estão inferiores às de biomassa", diz Simões.
Castro, da UFRJ, afirma que, como a maioria dos projetos de eólicas tem grandes
grupos internacionais por trás, como Iberdrola e Suez, é mais fácil assumir
margens mais apertadas em nome de preservação do mercado. (Folha de São Paulo –
04.09.2010)
Quarta, 8 de setembro de 2010
GESEL: é mais fácil para eólicas assumir margens mais apertadas
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