A Rússia, um dos maiores
exportadores mundiais de petróleo e gás, pretende também tornar-se líder em
energia nuclear. O grupo nuclear estatal Rosatom possui atualmente 15 reatores
em construção pelo mundo, mais que qualquer outro fornecedor internacional.
Semana passada, a Rosatom anunciou acordo para fornecer dois reatores à China,
além dos dois que já construiu. "A China não é nem a prioridade número 1
atualmente, já que temos parcerias de maior escala na Índia, na Turquia e,
futuramente, no Vietnã", afirmou o CEO da Rosatom, Sergei Kirienko. A
maioria das encomendas de novos reatores atualmente vem de países emergentes. A
Rosatom está preparada para concorrer em termos de preço: de acordo com a OCDE,
a construção de uma usina de 1 mil MW na Rússia custa, em média, US$ 2,9
bilhões, sem incluir o financiamento. O valor é 20% a 50% inferior que o
cobrado pelas usinas construídas por rivais ocidentais. Os russos renovaram sua
tecnologia nuclear desde o fiasco de Tchernobil. "Os reatores nucleares
que oferecem ao mundo têm o mesmo projeto básico que todos oferecem", diz
Mark Hibbs, associado sênior do programa de política nuclear do Carnegie
Endowment for International Peace.
(Valor Econômico-04.10.2010)
Segunda, 4 de outubro de 2010
Rússia quer virar líder na venda de reatores nucleares
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