O início das obras da gigante
Belo Monte, a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás apenas de Três
Gargantas e Itaipu Binacional, deve ficar para o ano que vem. A usina recebeu
pareceres contrários do IBAMA para as primeiras instalações, em razão do não
cumprimento de condicionantes sócio-ambientais. De acordo com especialistas
ouvidos por EXAME.com, o atraso nas obras pode gerar dor de cabeça aos
construtores, mas não ameaça o suprimento energético do país. "O risco do
abastecimento de energia no Brasil ser prejudicado [em 2015, data prevista para
o início do fornecimento], por causa da demora nas obras de Belo Monte é ínfimo",
avalia Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor de Energia
Elétrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel-UFRJ). "Se a
usina não estiver pronta e apta a operar, o consórcio responsável terá que
comprar energia no mercado para cumprir o que estava contratado". Segundo
o professor da UFRJ, o risco maior do retardamento das operações é o prejuízo
financeiro para o consórcio Nesa (Norte Energia S.A). "Como o fornecimento
só está previsto para 2015, quanto mais cedo terminarem as obras e começarem as
operações da usina, maior a possibilidade do consórcio vender energia no
mercado livre e gerar um caixa-extra", diz. (Exame – 16.11.2010)
Quarta, 17 de novembro de 2010
GESEL: risco de desabastecimento com atraso de Belo Monte é ínfimo
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