Se o BC confirmar as expectativas do mercado financeiro nas reuniões do Copom de junho e julho, o Brasil terá, pela primeira vez desde a estabilização econômica, em 1994, taxas de juros de um dígito, algo próximo a 9,25% ao ano. Mas o piso histórico não deverá durar mais que um ano. De acordo com as expectativas do mercado financeiro, a Selic voltará a subir em 2010, ano eleitoral. O BC, que no último relatório fez questão de enfatizar o baixo risco de pressões inflacionárias em 2009, considera haver uma chance de 30% de a inflação chegar ao final do primeiro trimestre de 2011 em um patamar maior que 4,6%, acima do centro da meta fixada pelo governo. A premissa que sustenta a provável elevação da Selic no ano que vem é a de que a economia brasileira estará se recuperando em 2011 amparada pela melhora no resto do mundo e pelo aumento nos preços das commodities. Como há uma defasagem de quase um ano entre o aumento de juros pelo BC e o impacto na economia, a elevação na taxa de juros teria que ser feita em 2010. (Folha de São Paulo – 30.04.2009)
Quinta, 30 de abril de 2009
Mercado estima que taxa de juros pode voltar a subir em 2010
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