Numa cerimônia com forte tom político e discursos otimistas dizendo que a crise financeira não derrubará a economia brasileira, o governo anunciou um aumento de gastos com o PAC baseado na inclusão de investimentos que já estavam previstos fora do plano e prometeu realizar R$ 505,2 bilhões em obras que só sairão do papel se o presidente da República que assumirá em 2011 levar adiante o programa. Lançado em 2007 como a espinha dorsal do segundo mandato do presidente Lula, o PAC deveria investir R$ 503,9 bilhões, entre recursos do governo, da iniciativa privada e das estatais até 2010. Agora, a previsão é que o valor chegue a R$ 693,1 bilhões, o equivalente a um ano da arrecadação de impostos do governo federal. Além disso, o programa ganhará um reforço de R$ 313 bilhões após 2010. Se concluído, totalizará investimentos de R$ 1,148 trilhão, o equivalente a quantia pouco acima da dívida do setor público de 2008, que ficou em R$ 1,070 trilhão. (Folha de São Paulo – 05.02.2009)
Quinta, 5 de fevereiro de 2009
Governo turbina PAC em R$ 190 bi até 2010
País registra saída de US$ 3 bi no mês de janeiro
O fluxo de dólares para o Brasil continuou negativo neste ano, segundo dados do Banco Central. Em janeiro, a saída líquida de recursos foi de US$ 3,018 bilhões, valor 28% maior do que o apurado em janeiro do ano passado. Em 2008, o país registrou a primeira saída de capital externo desde 2002. Por outro lado, os dados indicam que essa fuga de recursos pode estar perdendo força, pois a saída de janeiro foi menor do que a observada nos últimos meses de 2008. Entre novembro e dezembro do ano passado, as remessas líquidas de dólares ao exterior somaram US$ 13,523 bilhões, uma média de US$ 6,766 bilhões por mês. (Folha de São Paulo – 05.02.2009)
Enviado por Fabiano Lacombe
no Economia Brasileira
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