Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações superaram as importações em US$ 471 milhões entre os dias 1º e 8 de fevereiro. Nesta primeira semana, as exportações somaram US$ 2,74 bilhões, e as importações, US$ 2,27 bilhões. A corrente de comércio no período foi de US$ 5 bilhões. No acumulado do ano, que totaliza 26 dias úteis, o saldo da balança comercial foi deficitário em US$ 47 milhões. As exportações, de janeiro até a primeira semana de fevereiro, somaram US$ 12,528 bilhões (média diária de US$ 481,8 milhões), enquanto as importações atingiram US$ 12,575 bilhões, o que representa média diária de US$ 483,7 milhões. A previsão mais recente divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento aponta para uma queda de até 20% das exportações neste ano, caso haja uma piora no comércio internacional. Na melhor das hipóteses, se espera um crescimento de 2% nas vendas para o exterior. Em relação ao resultado total da balança comercial, o Banco Central prevê um superávit de US$ 17 bilhões para este ano. (Valor Econômico – 10.02.2009)
Terça, 10 de fevereiro de 2009
Balança volta a registrar superávit em fevereiro
Receita menor não muda meta de superávit
Apesar da receita em queda, a meta de superávit primário de 2009 será mantida em 3,8% do PIB, embora o governo já admita reduzir para até 3,3% do PIB, se os investimentos decolarem. A LDO permite que o governo desconte até 0,5 ponto percentual do PIB da meta anual, desde que o dinheiro seja gasto em obras prioritárias. A situação fiscal de curto prazo ainda é garantida pelos R$ 14,2 bilhões que o governo transferiu para o Fundo Soberano do Brasil. Esse dinheiro, quando for devolvido para o caixa da União, será contabilizado como receita. Isso permite que o governo, no limite, reduza o superávit primário para até 2,8% do PIB e depois contabilize os recursos do Fundo Soberano como parte de sua arrecadação e chegue aos 3,3% do PIB, fixados na LDO. (Folha de São Paulo – 10.02.2009)
Mercado reduz previsão de crescimento em 2009 a 1,7%
Analistas do mercado voltaram a reduzir suas projeções para o crescimento da economia brasileira neste ano. Segundo pesquisa feita pelo Banco Central na sexta-feira passada com cerca de 80 bancos e consultorias, a expectativa é que o PIB cresça 1,7% em 2009, ante 1,8% estimado pelo levantamento feito uma semana antes. Diante desse quadro de desaceleração da economia e inflação não muito distante da meta oficial, os analistas consultados continuam prevendo uma queda da Selic. Segundo a pesquisa, o Copom deve reduzir os juros básicos da economia dos atuais 12,75% ao ano para 12% na sua próxima reunião, marcada para os dias 10 e 11 de março. Ainda de acordo com os analistas consultados na sexta-feira passada, os juros devem cair para 10,75% ao ano até dezembro. Caiu também a expectativa para a produção industrial (de 2% para 1,5%), que deve ter um desempenho abaixo da média do PIB. (Folha de São Paulo – 10.02.2009)