Segunda, 2 de março de 2009
CPFL: queda no lucro ocorreu por revisão tarifária
Justiça obriga Grupo Rima a pagar R$ 16,587 milhões à Cemig
GESEL: não há uma justificativa para um aumento pedido pela CPFL, afirma Nivalde de Castro
Segundo o economista e coordenador do Grupo de Estudos do Setor de Energia Elétrica (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nivalde de Castro, não há uma justificativa para um aumento tão alto quanto o que está sendo pedido pela CPFL junto à Aneel. "Esse pedido se justificaria somente se a empresa estivesse pensando em fazer investimentos, que não é o caso em distribuição, pois a área de concessão na qual está localizada em um mercado maduro, que não crescerá muito", explicou Castro. "A Aneel possui uma expertise muito grande, não cometeria um erro quanto ao índice de aumento para as distribuidoras de maior diferença", afirmou Castro. "É natural a empresa pedir sempre mais, faz parte das negociações", completou ele. Outra hipótese levantada para o aumento pleiteado seria a de que a empresa estaria objetivando a reavaliação de ativos e superestimando seu valor de mercado e que por isso, precisaria de uma tarifa maior. O professor aponta para o fato da construtora Camargo Corrêa ter mais relevância na composição acionária da CPFL com a compra dos 50% da VBC Energia que pertenciam à Votorantim no início deste mês por R$ 2,67 bilhões. Ele diz que há uma tendência da CPFL direcionar investimentos em construção. "Essa tarefa ficará com a Camargo Corrêa, mesmo se o presidente da distribuidora disser o contrário", disse. Entre os projetos de construção que devem ser o alvo da empresa estão Belo Monte, (11 mil MW) no rio Xingu. (DCI - 27.02.2009)