O BC avalia que a economia brasileira pode enfrentar a crise financeira internacional "sem rupturas". A informação consta do Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje (30) pelo BC. Segundo o texto, esse enfrentamento não exige mudança de regime de política econômica do país, diferentemente do que ocorreu no início de 1999. De acordo o relatório, o sistema de metas de inflação, o ajuste fiscal e taxa de câmbio flutuante "está consolidado". "Além disso, a sólida posição financeira externa, com expressivo volume de reservas internacionais, os superávits comerciais e o financiamento externo baseado principalmente em investimento direto reforçam a avaliação de que as turbulências atuais poderão ser vencidas sem rupturas", defende o BC. (Agência Brasil - 30.03.2009)
Terça, 31 de março de 2009
Economia brasileira pode enfrentar crise "sem rupturas", avalia BC
BC reduz para 1,2% previsão de crescimento do PIB
Superávit Comercial tem redução de 29,9%
A tendência de redução do superávit comercial continuou nos dois primeiros meses de 2009. De fato, até fevereiro o saldo comercial atingiu US$ 1,2 bilhão, valor 29,9% inferior ao obtido em igual período de 2008. Os efeitos da crise global sobre o fluxo mundial de comércio permitem antecipar diminuição do volume exportado em 2009, fato que não ocorre desde 1999. As projeções consensuais são de retração da atividade nos EUA, Europa e Japão, que não seria totalmente compensada pelos bolsões de dinamismo econômico existentes entre as economias emergentes. Em janeiro de 2009, a absorção de bens de capital se retraiu em 19,6% comparativamente ao mesmo mês de 2008, sendo fortemente afetada pelas quedas de 12,4% das importações de bens de capital e de 13,3% na produção desses bens. Na mesma base de comparação, a produção de insumos para a construção civil também recuou fortemente em janeiro (-9,7%). (DCI - 31.03.2009)