O governo está analisando as consequências da retirada das estatais federais Petrobras e Eletrobrás da meta de superávit primário do setor público a partir de 2010. A ideia é ter mais investimento em energia e reforçar a política econômica anticíclica em um ano de campanha eleitoral. Liberar Petrobras e Eletrobrás desse esforço para o pagamento dos juros da dívida pública representa enorme alívio para o caixa dessas empresas. Segundo a Petrobras, os investimentos programados para 2009 são de R$ 60,3 bilhões e as necessidades de financiamento são de US$ 18,10 bilhões. Os investimentos da Petrobras no período 2009-2013 são de R$ 174,4 bilhões. No caso da Eletrobrás, os números são muito mais modestos. No ano passado, a meta de superávit primário da estatal era de R$ 1,4 bilhão, mas foi realizado esforço de R$ 2,5 bilhões. Para este ano, a meta subiu para R$ 1,6 bilhão, mas a Eletrobrás admite que "está buscando uma flexibilização". As previsões de investimentos são de R$ 8,6 bilhões para este ano e R$ 8,05 bilhões para 2010. (Valor Econômico – 14.04.2009)
Terça, 14 de abril de 2009
Cálculo do superávit primário pode excluir Petrobras e Eletrobrás
Meirelles: Juros devem cair mais
O presidente do BC, Henrique Meirelles, indicou, ontem, que a instituição deve continuar reduzindo a taxa básica de juros da economia brasileira, que se encontra em 11,25% ao ano. Mais tarde, durante outro evento realizado no Rio de Janeiro, Meirelles explicou que são as atuais condições da economia do país que permitem o alívio da política monetária. Esboçando otimismo, o presidente do BC acrescentou que o país deve sair da atual crise mais rápido que os outros. (Folha de São Paulo – 14.04.2009)
BC: Empréstimo com reservas internacionais já acumula US$ 21,2 bi
O presidente do BC, Henrique Meirelles, afirmou ontem que a concessão de linhas de empréstimos de dólares a bancos comerciais cuja fonte eram recursos das reservas internacionais já acumula US$ 21,2 bilhões. Deste montante de recursos destinados basicamente para que empresas pudessem honrar compromissos externos, US$ 9,9 bilhões já foram pagos à autoridade monetária. Desde o colapso do banco de investimento Lehman Brothers, em meados de setembro do ano passado, até janeiro deste ano, o BC vendeu um total de US$ 14,5 bilhões no mercado à vista. O presidente do BC destacou ainda que há mais de 60 dias não são vendidos dólares no mercado spot. Ele também informou que foram ofertados contratos de swap cambial no total de US$ 28,8 bilhões. E ressaltou que esse montante já chegou a aproximadamente US$ 33 bilhões; cerca de US$ 3 bilhões, porém, não precisaram ser rolados pelo BC. (DCI – 14.04.2009)