Distribuidores e grandes consumidores de energia pedem medidas para amenizar a alta das tarifas de eletricidade que, este ano, tiveram forte pressão das térmicas e do aumento do preço da energia de Itaipu, cotada em dólar. Os primeiros sugerem o repasse do risco cambial sobre a usina binacional para o próprio governo, por meio do Tesouro Nacional, por exemplo. Já a indústria pediu à Aneel um diferimento dos índices de reajuste deste ano. "Esses aumentos dão um sinal contrário ao que ocorre no setor elétrico, pois a crise está provocando sobras de energia elétrica", comenta o professor Nivalde de Castro, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL), da UFRJ. Segundo ele, além do impacto sobre os custos de famílias e empresas já punidas pela crise, há aumento da pressão inflacionária e maior risco de inadimplência com as distribuidoras. A própria Aneel já manifestou preocupação com a tendência de alta de preços, segundo o diretor-geral da agência, Nelson Hubner. (O Estado de São Paulo – 22.04.2009)
Quarta, 22 de abril de 2009
Segmentos do SEB pedem medidas para amenizar alta das tarifas
Brasil e Peru assinarão convênio para 6 hidroelétricas
O Brasil e o Peru fecharão na semana que vem um convênio de integração energética que permitirá investimentos de pelo menos US$ 4 bilhões na construção de seis centrais hidrelétricas, disse o chanceler peruano, José Antonio García Belaunde. O convênio será assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente peruano, Alan García, em uma reunião no dia 28, no Acre, de acordo com o chanceler peruano. Será o primeiro encontro entre Lula e García após reunião, em setembro de 2008 em São Paulo. (Valor Econômico – 22.04.2009)
Santo Antônio pede autorização para operar em 2011
O consórcio que constrói a usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Porto Velho, entrou com um novo pedido na Aneel para antecipar a entrada em operação da hidrelétrica. O presidente da Santo Antônio Energia S.A. (Saesa), Roberto Simões, diz que o objetivo agora é começar a gerar energia a partir de dezembro de 2011, ou seja, um ano antes do prazo original estabelecido no leilão. Mas para isso, a Odebrecht, que é a principal sócia do projeto e constrói a usina, está tentando mobilizar o governo e as empresas de transmissão para que também o linhão esteja pronto a tempo. Se o novo pedido for aceito pela Aneel, a usina vai colocar no sistema interligado nacional uma potência instalada de cerca de 71,5 MW já em dezembro de 2011. O desafio para a Saesa será acelerar as 26 ações sócio-ambientais previstas no projeto. (Valor Econômico - 22.04.2009)