O FMI previu ontem que o Brasil encerrará 2009 com uma contração de 1,3% em sua economia. O Fundo justificou a projeção afirmando que o país sofrerá mais neste ano os impactos da desaceleração global, principalmente por conta da queda nos preços das commodities que exporta. Para o Fundo, a economia brasileira só se recuperará em 2010, ano em que será eleito o sucessor do presidente Lula, quando o país poderá crescer 2,2%. O Fundo vê a economia mundial se contraindo 1,3% neste ano, quase dois pontos percentuais a mais do que previsão feita em janeiro. Já o corte na projeção anterior para o Brasil foi de 3,1%. A boa notícia para o Brasil é que o Fundo afirma que o mercado financeiro tem feito uma "diferenciação" entre os tomadores de empréstimos. (Folha de São Paulo – 23.04.2009)
Segunda, 27 de abril de 2009
FMI: PIB do Brasil cairá 1,3% neste ano
Dilma: Governo mantém previsão de alta de 2% do PIB
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que o PIB deverá crescer 2% neste ano, contrastando com o estudo do FMI, que aponta retração de 1,3%. "Cada um faz sua estimativa. O governo tem mais elementos que o FMI. Estamos mantendo nossa estimativa em 2%." Para o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as análises sobre o desempenho da economia têm sido "muito voláteis" e o prognóstico do Fundo não deve ser motivo de preocupação. (Folha de São Paulo – 23.04.2009)
Ritmo de pedidos de crédito ao BNDES recua
As consultas realizadas ao BNDES para pedidos de crédito para novos projetos de investimento entraram em rota de queda no período pós-crise. Segundo cálculos de Luiz Dias Bahia, técnico de pesquisa e planejamento do Ipea, o recuo das consultas de outubro de 2008 a fevereiro de 2009 foi de 22%, percentual que aumentou para 40% na comparação entre os primeiros bimestres de 2009 e 2008. Os números deflacionados e ajustados sazonalmente sinalizam, na avaliação do economista, que a redução do investimento tende a se aprofundar. O chefe do Departamento de Pesquisa Econômica do BNDES, Fernando Puga, concorda que todos estes fatores desencadeados com a crise vão afetar principalmente a indústria, mas a maioria dos projetos de infraestrutura deverão se manter firmes, pois grande parte deles se apoiam em contratos com o governo, como as usinas do Rio Madeira. O setor de energia elétrica foi o maior demandante de novos financiamentos. Sua solicitação para financiamentos de projetos cresceu 195,56%. (Valor Econômico – 27.04.2009)