O consumo residencial na área de concessão da Eletropaulo cresceu, mas pouco, e com isso não neutralizou a forte queda do consumo industrial, de 13,5%. A empresa acabou ficando exatamente no zero a zero nas vendas de energia ao mercado cativo e registrou uma queda no lucro líquido de 2%, ficando em R$ 147,5 milhões. Com um crescimento do mercado residencial modesto, de de 2,5%, a Eletropaulo seguiu direção oposta à de outras distribuidoras de energia, como a Copel, que teve crescimento de vendas ao mercado cativo de 2,6%, puxado pelas vendas ao consumidor residencial em torno de 5%. Os números da Eletropaulo também mostram um aumento na receita líquida. Mas como as vendas não aumentaram, o que explica a receita de R$ 1,8 bilhão, 5,3% maior que o primeiro trimestre de 2008, é o reajuste de mais de 8% nas tarifas da Eletropaulo em meados do ano passado. A empresa passou pelo ciclo de revisão tarifária em 2007, quando teve como outras distribuidoras sua tarifa fortemente reduzida. A maior parte dessas outras empresas, entretanto, tiveram sua revisão no ano passado e somente em 2009 terão reposição com os reajustes anuais. (Valor Econômico – 15.05.2009)
Sexta, 15 de maio de 2009
Vendas da Eletropaulo caem e afetam resultado
Cemig vai gastar R$ 6,5 bi neste ano
A Cemig vai gastar ao longo dos próximos meses cerca de R$ 6,5 bilhões, não só para pagar a italiana Terna como os parques eólicos que adquiriu, a dívida que vence e os investimentos que se comprometeu a fazer. Os executivos da empresa deram ontem o recado ao mercado de que vão continuar comprando ativos. Além da dívida para pagar a Terna, a companhia pretende rolar R$ 1,3 bilhão de empréstimos que vencem ainda neste ano. A empresa tem alta capacidade de geração de caixa e acredita que as vendas de energia vão crescer neste ano, a despeito da crise. A avaliação é feita com base nos números do primeiro trimestre, em que as vendas globais no mercado cativo cresceram 4,5%. (Valor Econômico – 15.05.2009)
Lucro da Cemig cai 31%
A Cemig registrou uma queda superior a 30% do lucro líquido, mas esse é um efeito contábil. Isso porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) teve que rever a tarifa do ano passado estabelecida no processo de revisão tarifária. A queda inicial era de 17% e passou a ser uma queda de 19%. Com isso, cerca de R$ 210 milhões que serão devolvidos aos consumidores foram provisionados provocando a queda do lucro. Se ajustado, o crescimento foi de 2,5%. (Valor Econômico – 15.05.2009)