A participação das subsidiárias brasileiras de energia elétrica nos resultados de suas matrizes caiu no primeiro trimestre do ano e é mais um fator que pode incentivar o movimento de venda de ativos de energia no país. Além de o câmbio ter influenciado diretamente nos resultados, as elétricas também tiveram no primeiro trimestre menor capacidade de geração de caixa do que suas matrizes. O ambiente para o processo de fusões e aquisições pode ainda ser visto como favorável, se for levado em conta que o valor de mercado em reais destas companhias no Brasil tem mostrado forte recuperação neste ano, frente à queda do ano passado. E também o dólar tornou-se mais favorável neste segundo trimestre. Soma-se ainda o fato de as empresas estrangeiras estarem precisando de caixa em suas matrizes para melhorar suas condições de crédito. (Valor Econômico – 22.05.2009)
Sexta, 22 de maio de 2009
Elétricas perdem espaço na matriz
Energisa tem receita bruta 6,6% maior nos quatro meses
O Grupo Energisa informou hoje ter reportado receita bruta no valor total de R$ 859,1 mi no acumulado dos primeiros quatro meses de 2009, com acréscimo de 6,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em nota, a companhia atribuiu os ganhos ao forte ritmo de crescimento da demanda por energia elétrica das classes comercial e residencial, ocorrido nos últimos meses de 2008. O consumo consolidado de energia dos consumidores cativos do grupo teve alta de 4,9% no quadrimestre, na mesma base de comparação. Impulsionadas por forte expansão da demanda das classes residencial (11,2%) e comercial (8,8%), as vendas consolidadas da companhia atingiram 555,8 GWh em abril deste ano, com incremento de 7,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já o consumo industrial cativo demonstrou retração de 1,3% no período. (Jornal do Brasil – 21.05.2009)
Entrada da Cemig na CEB será concretizada em 60 dias
O governador de MG, Aécio Neves, oficializou ontem o interesse da Cemig em participar do controle acionário da CEB. Aécio esteve em Brasília para uma reunião com o governador do DF, José Roberto Arruda. Além deles, participaram da conversa os presidentes das duas estatais. Pela parceria, que só deve ser concretizada em 60 dias, a empresa mineira auxiliaria a CEB na distribuição de energia para o Distrito Federal. Segundo Arruda, o governo do DF manteria o controle acionário sobre a CEB e citou como exemplo a parceria das empresas na Usina de Queimados (MG), na qual a Cemig tem 82,5% do capital acionário e a CEB, 17,5%. Os dois governadores não quiseram adiantar detalhes da sociedade, alegando que um assunto destes é delicado por envolver ações na Bolsa de Valores. Mas não esconderam que a parceria será benéfica para ambos. (Valor Econômico – 21.05.2009)