A Secretaria do Tesouro deve perder a briga sobre o veto à extensão de cobertura do Fundo de Garantia a Empreendimentos de Energia Elétrica (FGEE) para empresas estatais que não são federais. A ampliação, que beneficiou as companhias de energia estaduais, foi aprovada na Câmara durante a tramitação do projeto de conversão em lei da MP 450. Não há, ainda, decisão política do ministro da Fazenda, Guido Mantega, mas ele está praticamente convencido que, se recomendar o veto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caem todas as normas do fundo, o que seria um retrocesso para os investidores. A regulamentação da "MP das hidrelétricas" é considerada fundamental para garantir os financiamentos para obras de energia do PAC, já que os seguros existentes são considerados garantias insuficientes pelos investidores. (Valor Econômico – 27.05.2009)
Quarta, 27 de maio de 2009
Fazenda deve recomendar aprovação, sem vetos, de "MP das hidrelétricas"
Paraguai quer vender sua energia de Itaipu à indústria brasileira
O Paraguai iniciou uma ofensiva para convencer a indústria brasileira a apoiar o pleito de vender diretamente no mercado local sua fatia de energia produzida em Itaipu. Paraguai insiste que "gradualmente" o Brasil o autorize a vender 100% de sua energia no mercado brasileiro por meio da estatal Ande (Administração Nacional de Energia). Isso significa metade dos 90 mil GWh produzidos por Itaipu na média dos últimos 10 anos. O governo brasileiro, no entanto, está disposto a aceitar que a Ande venda apenas sua parcela da energia "adicional", o equivalente a 7,5 mil GWh, ou 15% do total pretendido pelo Paraguai. Mateo disse que o Paraguai se compromete a vender toda a energia para o Brasil, evitando o desabastecimento do mercado local. Ele também afirmou que seu país concorda com uma entrada "gradual" da Ande no mercado livre. (Valor Econômico – 27.05.2009)
Usina Hidrelétrica Monjolinho está quase pronta para operar
A Usina Hidrelétrica Monjolinho, de propriedade do grupo Engevix e localizada no Rio Passo Fundo (RS), entra em operação em junho. A obra está 99% concluída, faltando apenas os acabamentos finais. Neste mês, iniciou o enchimento do lago com o fechamento de três comportas, cada uma com 18 toneladas, deixando vazão de 8,14 metros cúbicos por segundo. A usina, situada na bacia hidrográfica do rio Uruguai, entre os municípios de Nonoai (RS) e Faxinalzinho (RS), possui 75 MW de potência instalada e absorveu investimento de R$ 280 milhões, financiados em parte pelo BNDES. Com a volta das chuvas na região de Nonoai, estima-se que o reservatório esteja cheio em aproximadamente 10 dias. Esta será a quarta usina em operação 100% da Engevix e a oitava construída em consórcio com outras empresas, como a Dona Francisca e o Complexo Energético Rio das Antas. Com a Monjolinho, a geração do grupo será de 165 MW. (Gazeta Mercantil – 27.05.2009)