A queda na arrecadação nos meses iniciais do ano derrubou o superávit primário no primeiro quadrimestre para apenas R$ 33,4 bilhões, ou 3,57% do PIB, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo BC. No mesmo período de 2008, o superávit alcançou R$ 61,7 bilhões, equivalentes a 6,89% do PIB. Em abril, o resultado do setor público não financeiro somou R$ 12,5 bilhões, dos quais R$ 10,9 bilhões se referem ao Governo Central. O resultado está alinhado com o esperado pelo mercado e é o melhor resultado mensal do ano. Entretanto, representou uma queda frente ao superávit de R$ 18,712 bilhões egistrado no mesmo período de 2008.Estados e municípios alcançaram superávit de R$ 1,8 bilhão e as empresas estatais registraram déficit de R$ 174 milhões. (O Globo – 29.05.2009)
Sexta, 29 de maio de 2009
Superávit primário cai 46% nos quatro primeiros meses do ano
Indústria produz 2,2% menos no primeiro trimestre
A produção brasileira de alimentos e bebidas nos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano teve queda de 2,2%, segundo a Abia. O resultado negativo foi provocado pela redução dos estoques do varejo ocorrida no final do ano passado. O fenômeno, que atingiu não só a indústria de alimentos, obrigou os fabricantes a brecar a produção em um primeiro momento. Mas, ao contrário do que se imaginava, o consumidor voltou a comprar bens de consumo. Para que não faltassem produtos, os supermercados voltaram a fazer pedidos à indústria, que de um momento para o outro, precisou azeitar a produção que antes tinha desacelerado. Como a maior parte dos itens de alimentação e bebidas são produtos de giro rápido a indústria desse setor já está recuperando a queda registrada no começo do ano. (Valor Econômico – 29.05.2009)
País vai crescer entre 3% e 4% em 2010, afirma Mantega
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que o crescimento econômico do ano que vem será entre 3% e 4%. A expectativa é menor do que a previsão oficial de 4,5% incluída pelo governo na proposta de LDO. A estimativa oficial para este ano é um crescimento de 1%. Em audiência pública no Senado, o ministro fez a avaliação de que a crise ainda não acabou, mas o Brasil já retomou o crescimento. Em referência à avaliação da FGV de que o Brasil entrou em recessão no último trimestre do ano passado, Mantega disse que esse é um dado do passado "visto pelo retrovisor". Questionado pelos senadores sobre a desvalorização do dólar em comparação com o real, ele disse que uma das saídas para "enxugar" a liquidez no mercado de câmbio é a compra de dólares para aumentar as reservas internacionais do país. O ministro disse ainda que os juros no Brasil são muitos altos e falta crédito para empresas. (Folha de São Paulo – 29.05.2009)