O Governo Central, formado pelo Tesouro Nacional, BC e Previdência Social, registrou superávit de R$ 10,1 bilhões em abril, contra saldo positivo de R$ 16,72 bilhões apresentado no mesmo período de 2008. O Tesouro contribuiu para o desempenho do mês com superávit de R$ 13,3 bilhões, a Previdência Social, com déficit de R$ 3,1 bilhões e o BC, com déficit de R$ 63,2 milhões. No acumulado do ano, o resultado primário do governo central ficou positivo em R$ 19,49 bilhões, mas bem abaixo do superávit de R$ 47,9 bilhões apurado no primeiro quadrimestre do ano passado, uma queda de 59%. Apesar da queda expressiva, há uma leve recuperação, já que nos dados trimestrais o recuo do superávit havia sido de 70%. No intervalo janeiro-abril de 2009, o Tesouro Nacional teve resultado primário positivo de R$ 34,822 bilhões. (O Globo – 28.05.2009)
Quinta, 28 de maio de 2009
Superávit do Governo Central caiu para menos da metade no acumulado até abril
País entrou em recessão em 2008, diz comitê
"Não há dúvida" de que o Brasil entrou em recessão no último trimestre de 2008, interrompendo 21 trimestres de expansão continuada da economia, que gerou incremento acumulado do PIB de 29,9%. As conclusões são do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos, criado pela FGV para apoiar as decisões de política monetária e de planejamento das empresas. Relatora do Codace, a economista Marcelle Chauvet, professora da Universidade da Califórnia, disse que a decisão de marcar o início da recessão no Brasil não considera projeções sobre o futuro da economia. Esse é o prazo mínimo que o comitê considera necessário para determinar um novo ciclo, de expansão ou recessão. Segundo Régis Bonelli, pesquisador da FGV, o Brasil vive claramente uma fase de recessão, e os indicadores de produção da indústria apontam uma contração do PIB no primeiro e no segundo trimestre deste ano. Ele é também membro do comitê, mas disse que essa opinião é sua, não do órgão. (Folha de São Paulo – 28.05.2009)
Empréstimo ao BNDES passa no Senado
O plenário do Senado aprovou ontem a medida provisória que autoriza a União a emprestar R$ 100 bilhões ao BNDES, o que permitirá ao banco aumentar o volume de recursos para financiar o setor produtivo, incluindo a Petrobras, que será investigada em CPI do Senado. A MP faz parte do pacote de medidas do governo para enfrentar a crise. O relator, senador Fernando Collor, manteve as alterações propostas pela Câmara. Entre elas, autorização para o Executivo incluir condicionantes para impedir demissões no período de execução do contrato ou à criação de postos de trabalho. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, esteve ontem no Senado para um debate sobre a crise econômica, quando pediu aos senadores para aprovarem a MP. (Folha de São Paulo – 28.05.2009)