A indústria brasileira registrou de 2003 a 2007 seu melhor desempenho em 11 anos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados sexta-feira mostraram que, nos quatro anos, o setor viveu um eldorado de crescimento, aproveitando a onda de liquidez internacional e os bons resultados dos demais setores da economia brasileira. Nos quatro anos, a quantidade de indústrias brasileiras com mais de cinco funcionários formais avançou 17,98%, chegando a 164 mil fábricas em 2007. O contingente de empregados formais também avançou, de 5,9 milhões para 7,3 milhões de trabalhadores, que também tiveram acréscimo nos salários. A média real dos rendimentos pagos no setor saltou de R$ 1.073, em 2003, para R$ 1.410 há dois anos. "Sem dúvida, esses quatro anos configuraram no melhor desempenho da indústria ", opina o economista André Macedo, do IBGE. (Jornal do Commercio – 29.06.2009)
Segunda, 29 de junho de 2009
Indústria apresentou crescimento histórico
Consumo interno re-estimula produção
O ajuste dos estoques acumulados no ápice da crise está praticamente completo nos diversos setores da economia, graças ao consumo doméstico e aos incentivos tributários concedidos pelo governo federal. Livres do fardo, as indústrias vão elevar a produção e voltar a contratar no segundo semestre, mas em níveis inferiores aos de antes da turbulência, por causa das fracas exportações e da paralisação dos investimentos. O nível de estoques considerados excessivos pela indústria ficou abaixo de 13% em junho, mesmo nível da média dos últimos dez anos, conforme dados preliminares da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O indicador era de 14,1% em maio e chegou a 21,8% em janeiro. "A indústria caminha para a normalidade, mas está longe da euforia anterior à crise", disse Jorge Ferreira Braga, responsável técnico pela sondagem da FGV. Apenas 3,5% das indústrias tinham estoques excessivos em setembro de 2008. (Jornal do Commercio – 29.06.2009)
Banco Central reduz estimativa de crescimento da economia neste ano
A estimativa do Banco Central para o crescimento da economia (Produto Interno Bruto-PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) em 2009 foi revisada de 1,2% para 0,8%. A informação consta do Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje (26) pelo Banco Central. Segundo o relatório, a projeção menor “reflete, em especial, o impacto de projeções menos favoráveis” para o desempenho da indústria. O relatório também informa que o resultado do PIB no primeiro trimestre sugere “que a desaceleração econômica que sucedeu a intensificação da crise financeira poderá ser menos intensa do que o previsto inicialmente”. (Agência Brasil – 26.06.2009)