O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou ontem que o leilão para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), será realizado ainda neste ano, apesar de a Justiça do Pará ter suspendido, no início de junho, a aceitação dos estudos de impacto ambiental da obra. Lobão disse esperar rapidez nas decisões judiciais sobre o assunto. "A Justiça, nesse ponto, tem ajudado muito. Ela decide com rapidez essas questões, e é necessário que seja assim. Essas hidrelétricas não podem ficar paralisadas por queixas de organizações não governamentais ou do Ministério Público. É preciso que haja uma decisão judicial com rapidez. O governo, por sua parte, tem cumprido sempre as decisões judiciais", disse o ministro, após reunião na Casa Civil em que se discutiu o modelo de licitação a ser adotado na usina. (Valor Econômico – 02.07.2009)
Quinta, 2 de julho de 2009
Lobão diz que leilão de Belo Monte sai este ano
Monjolinho em operação em agosto
A hidrelétrica Monjolinho (RS), de 74 MW, da Engevix, vai entrar em operação comercial até agosto deste ano, com três meses de antecedência em relação ao cronograma inicial, de acordo com a Aneel. Em junho, a empresa realizou a descida do rotor da segunda turbina da usina. Com investimentos de R$ 280 milhões, a hidrelétrica, localizada no rio Passo Fundo, é um dos últimos aproveitamentos disponíveis na bacia hidrográfica do rio Uruguai. Monjolinho tem reservatório com área de 5,5 km² e conta com duas turbinas de 37 MW de potência cada. A energia gerada será escoada para o SIN por meio de uma linha de transmissão, em 138 kV e de 18 km de extensão, que ligará a usina à SE Passo Fundo, da Eletrosul. (BrasilEnergia – 02.07.2009)
Itaipu: Exigências paraguaias estão parcialmente atendidas, diz Samek
As negociações entre Brasil e Paraguai sobre o Tratado de Itaipu ainda não avançaram em relação aos pontos mais polêmicos. Os paraguaios querem revisão da tarifa da energia excedente, auditoria da dívida e liberdade para negocia parte da energia. Por outro lado, os dois países já estabeleceram acordos sobre assuntos mais consensuais, como maior transparência na gestão financeira, co-gestão e a realização de obras complementares previstas no tratado, mas ainda não realizadas. O Brasil examina a possibilidade de permitir à estatal Administração Nacional de Energia (Ande) participar do mercado brasileiro. Mas, o subsecretário-geral da América do Sul do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Enio Cordeiro, considera a possibilidade de permitir o Paraguai vender a energia a outros países como díficil de se concretizar. (CanalEnergia – 01.07.2009)