O diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, defendeu a criação de mecanismos para reduzir as distorções no preço da eletricidade paga pelos consumidores residenciais de cada Estado. O diretor da Aneel explicou que, hoje, no Brasil, a tarifa praticada pelas distribuidoras é inversamente proporcional ao nível de renda da região onde elas atuam. Ou seja, onde há maior concentração urbana, menor é o preço da tarifa. Ele argumentou que essa distorção prejudica o desenvolvimento econômico das regiões mais pobres. Isso porque as indústrias procuraram se instalar em locais onde o custo da energia é mais barato, como São Paulo. Ele lembra que a Cemar, do Maranhão, tem a maior tarifa residencial do Brasil, enquanto a CEB, de Brasília, onde a população tem poder econômico mais elevado, a tarifa é mais baixa. Entre as medidas em estudo está a retirada dos subsídios oferecidos aos consumidores de baixa renda onde as tarifas já são menores. Esses recursos seriam desviados para subsidiar mais as regiões onde as tarifas de energia elétrica já são mais elevadas. (O Estado de São Paulo – 10.07.2009)
Segunda, 13 de julho de 2009
Aneel analisa distorções no preço da eletricidade paga pelos consumidores residenciais de cada Estado
Internet pode baratear energia
Uso da rede elétrica para serviço de banda larga será condicionado à redução de custo da luz a consumidores. O uso da rede elétrica para a distribuição de serviços de internet em alta velocidade poderá baratear as tarifas de energia. Proposta da área técnica da Aneel, que examina o assunto, prevê que 90% da receita obtida pelas distribuidoras de energia com o aluguel dos fios para as empresas de internet terá de ser empregada na redução de tarifas de eletricidade. A resolução que definirá as regras para o uso da internet pela rede elétrica deve ser votada pela diretoria da Aneel ainda neste mês. O assessor da Superintendência de Regulação da Distribuição, Carlos Mattar, disse que o critério já é utilizado no aluguel de postes para passagem dos cabos da telefonia. Ele explicou que, se houver necessidade de investimento na rede, a empresa de telecomunicações é que arcará com o custo. (Brasil Agro – 13.07.2009)
Aneel: mais tempo para hidrelétricas
A Aneel prorrogou para junho de 2010 o prazo para a implantação das hidrelétricas Barra dos Coqueiros (90 MW) e Caçu (65 MW), cujo cronograma estava anteriormente fixado em dezembro de 2007. As usinas da Gerdau Aços Longos serão instaladas no rio Claro, entre os municípios de Caçu e Cachoeira Alta, em GO. As unidades têm investimentos previstos em R$ 230 milhões. O pleito da empresa foi acatado esta semana pela diretoria da Aneel em sua reunião de diretoria realizada na última terça-feira (7/7) com a justificativa de que o atraso na obtenção dos licenciamentos ambientais comprometeu o cronograma. As concessões dos empreendimentos foram licitadas em 2002. A decisão da agência também envolveu a alteração do número de unidades geradoras das usinas, reduzindo de 3 para 2. (BrasilEnergia – 10.07.2009)