O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, afirmou ontem que o leilão do projeto da usina de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), deve ocorrer "no final de outubro". O novo prazo prova de que o governo federal encontra dificuldades para licitar o empreendimento. A pouco mais de três meses da data, uma liminar obtida pelo MPF-PA ainda impede o andamento do processo de licenciamento ambiental da usina, que terá 11 mil MW de capacidade. Além disso, causa preocupação entre investidores privados o fato de o governo ainda não ter publicado o edital. A previsão era de licitar a hidrelétrica no fim de setembro. Tramitam na Justiça quatro recursos contra a liminar, e até o momento nenhum teve sucesso. (O Estado de São Paulo – 21.07.2009)
Terça, 21 de julho de 2009
Leilão de Belo Monte é adiado para fim de outubro
Minas e Energia ainda resiste à proposta do Paraguai sobre Itaipu
Às vésperas da reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Lugo, o Itamaraty e o Ministério de Minas e Energia ainda não se entenderam sobre um acordo com o Paraguai para dar fim à disputa envolvendo a hidrelétrica de Itaipu. Para as autoridades do setor elétrico, a venda de energia excedente da cota paraguaia no mercado livre brasileiro exigirá mudanças no Tratado de Itaipu e encarecerá as tarifas residenciais. Por isso, foi vista com consternação a opinião do chanceler Celso Amorim, na qual adianta que o Brasil aceita o pedido paraguaio. O assunto será levado para decisão de Lula, na quarta ou quinta-feira, antes de seu embarque para Assunção, que sedia a cúpula semestral do Mercosul. (Valor Econômico – 21.07.2009)
EPE descarta venda de energia de Itaipu a terceiros
O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, afirmou hoje que o Brasil não aceita a hipótese de o Paraguai vender para terceiros sua cota excedente da energia da usina hidrelétrica de Itaipu. Ele comentou, porém, que o Brasil ainda não fechou a proposta que será apresentada no próximo fim de semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao colega Fernando Lugo. "Não temos ainda uma decisão. Estamos analisando as hipóteses", disse ele, ressaltando que os técnicos do governo estão tendo reuniões quase que diárias para tratar do tema. Questionado sobre o pleito do Paraguai de vender no mercado livre brasileiro a energia e não para a Eletrobrás, como acontece hoje, Tolmasquim ponderou que nessa hipótese a energia permanece no Brasil. "O que não se aceita é vender a terceiros", explicou Tolmasquim. (O Estado de São Paulo – 20.07.2009)