Pelo terceira vez consecutiva, as importações brasileiras cresceram ante o mês anterior. Em julho, o aumento das compras do exterior, aliado à queda das exportações, levou à redução do saldo comercial. Especialistas dizem que a desvalorização do dólar, que voltou para a casa de R$ 1,90, poderá tornar a queda do saldo da balança uma tendência no segundo semestre. A valorização cambial torna as importações mais baratas e faz com que as empresas exportadoras tenham faturamento menor. Em julho, o saldo foi de US$ 2,92 bilhões, o terceiro maior do ano. Mas, se comparado com o mesmo mês de 2008 e com junho, houve queda de 12% e 42,2%, respectivamente. As importações somaram US$ 9,84 bilhões, 4% mais altas que em junho; as exportações, US$ 14,46 bilhões, 10,7% menores que no mês anterior. (Folha de São Paulo – 04.08.2009)
Terça, 4 de agosto de 2009
Importações crescem, e superávit da balança comercial cai em julho
Indústria cresce 3,4% no 2º trimestre
A produção industrial cresceu pelo sexto mês consecutivo e encerrou junho com incremento de 0,2% em relação a maio, feitos os ajustes sazonais. Com esse resultado, a indústria encerrou o segundo trimestre com expansão de 3,4% sobre os três primeiros meses do ano, de acordo com dados divulgados pelo IBGE. Das quatro categorias analisadas, três apresentaram crescimento em junho. A maior expansão ocorreu no grupo de bens de capital, de 2,1%, o que foi apontado por economistas como um sinal de recuperação do investimento. No trimestre, a categoria acumulou aumento de 5,5%. Surpreendeu negativamente os economistas o desempenho da categoria bens de consumo semiduráveis e não duráveis. O grupo foi o único a apresentar queda em junho, de 2,6% em relação a maio. (Valor Econômico - 04.08.2009)
Indústria tem queda recorde de 13,4% no semestre
O impacto da crise econômica global no Brasil levou o primeiro semestre deste ano à queda recorde da produção industrial de 13,4% em relação a igual período do ano anterior. Desde que a pesquisa mensal do IBGE começou a ser realizada, em 1975, nunca houve uma queda tão grande. A recuperação da produção industrial no período de dezembro até junho foi de 7,9%, resultado insuficiente para compensar a queda de 20% ocorrida desde o início do agravamento da crise, em setembro, até dezembro. De maio para junho, a alta foi de 0,2%. "Essa recuperação de 7,9% é um acréscimo muito discreto em relação à queda anterior", analisa o consultor da FGV Sílvio Sales. Além disso, ele lembra que no ano passado, até o terceiro trimestre, a produção industrial estava crescendo a taxas muito elevadas. (O Estado de São Paulo – 04.08.2009)