Impulsionada pela emissão de títulos do Tesouro Nacional para o BNDES, a dívida interna em títulos do governo federal cresceu 2,12% em julho (cerca de R$ 28 bilhões), na comparação com o mês anterior, atingindo R$ 1,35 trilhão. O volume repassado ao BNDES no mês passado atingiu R$ 25 bilhões, o que faz com que o total já transferido para o banco estatal neste ano some R$ 64 bilhões. Desse total, R$ 13 bilhões já foram resgatados pelo Tesouro e R$ 25 bilhões, emprestados para a Petrobrás. No início do ano, o governo determinou o repasse de R$ 100 bilhões do Tesouro para o BNDES de modo a elevar a capacidade de financiamento do banco durante a crise para compensar a retração dos bancos privados no mercado. O objetivo do governo era viabilizar a manutenção do crédito para as empresas brasileiras, especialmente para investimentos. Considerando a dívida externa pública, o total devido pelo País em julho somou R$ 1,46 trilhão, volume 1,57% superior ao verificado em junho. (O Estado de São Paulo – 21.08.2009)
Sexta, 21 de agosto de 2009
Dívida interna cresce para R$ 1,35 tri em julho
Arrecadação do governo cai e dívida sobe
Devido à crise econômica global e às medidas tomadas para atenuar a recessão no país, a arrecadação do governo se mantém em queda mais aguda que a da renda nacional, enquanto a dívida federal continua em alta mesmo com os juros mais baixos já catalogados pelas estatísticas disponíveis. No primeiro resultado, a arrecadação de impostos, taxas e contribuições teve desempenho ainda pior que o da média do ano. Houve uma piora de 9,4% na comparação com julho de 2008, levando em conta a variação dos preços medida pelo IPCA. O endividamento do governo aumentou no período, mas não apenas porque a receita foi pequena diante das despesas regulares. Pesou, principalmente, uma injeção extraordinária de capital no BNDES para que o banco público elevasse financiamentos para empresas. De janeiro a julho, o fisco contabilizou uma perda real de 7,4%. (Folha de São Paulo – 21.08.2009)