O superávit primário do setor público acumulado em 12 meses recuou de 2,04% para 1,76% do PIB entre junho e julho, distanciando-se ainda mais do cumprimento da meta de 2,5% do PIB. As estatísticas, divulgadas ontem pelo BC, mostram que, mesmo que o governo abata os investimentos do superávit primário, ainda assim as contas fiscais ficariam abaixo do objetivo anual. Em julho, o setor público consolidado teve superávit primário de R$ 3,180 bilhões, menos de um terço do observado em igual período de 2008. A queda do superávit primário se deve ao aumento da despesa corrente do governo federal, às medidas anticíclicas anunciadas para combater a recessão e à queda da arrecadação. Em virtude da queda do superávit primário, o déficit nominal do setor público acumulado em 12 meses voltou a crescer, de 3,19% para 3,35% do PIB entre junho e julho. A dívida líquida do setor público voltou a aumentar, de 43,2% para 44,1% do PIB entre junho e julho. Parte da alta se deve à redução do superávit primário, e parte à apreciação cambial. (Valor Econômico – 28.08.2009)