Hans Flury, Jaime Quijandría e Glodomiro Sanchez, os ministros de Minas e Energia peruanos para o período 2001-2006, disseram que a possibilidade de exportar gás natural ou óleo está prevista na legislação atual e no contrato da Camisea. Segundo eles, a possibilidade de exportar o gás do Bloco 88 sempre existiu. Alegaram também que o Peru tem gás suficiente para atender às necessidades do país e isso vai aumentar à medida que sejam realizados trabalhos de exploração pela Camisea. No entanto, representantes dos estados do sul do Peru reforçaram que deve existir preponderância do consumo nacional sobre as exportações de gás natural. Eles alertaram que se o governo continuar sem garantir o fornecimento de gás para o Gasoducto Surandino, as conseqüências serão terríveis porque essa área do país poderá entrar em um grave conflito social. (La República – Peru – 02.09.2009)
Quinta, 3 de setembro de 2009
Peru ainda debate exportação do gás natural
Peru: Cállida investe US$60 mi na expansão da rede básica
O gerente geral da de Cálidda Gas Natural del Perú, Ernesto Córdova, disse que a empresa vai investir na expansão da rede primária do sistema de distribuição de gás natural em Lima e Callao. Ele disse esperar que as novas taxas sejam fixadas pelo Osinergmin (Organismo Supervisor de la Inversión en Energía y Mineria) ainda este mês para o investimento não sofrer adiamentos. Além disso, confirmou que a Cállida já enviou ao MME as informações adicionais solicitadas para aprovarem seu plano de investimentos da ordem de US$ 260 milhões pelos próximos quatro anos. Ele disse que se o regulador assume a fixação de preços para além de setembro, haverá um atraso na obra de alargamento da rede principal, que serão preenchidas até o final do próximo ano. "Nós esperamos expandir a rede básica de 255 milhões de metros cúbicos/dia para 420 milhões, que é ao que nos autorizou o MME e somente nessa parte serão investidos cerca de 60 milhões de dólares", disse Córdova. (La República – Peru – 02.09.2009)
Bolívia: exportação mesmo sem atender demanda interna
Foi divulgado pelo vice-ministro de Minas e Energia boliviano, Miguel Yagüe, que apenas 45% da população rural tem acesso ao fornecimento de eletricidade, enquanto que em zonas urbanas, esse índice é de 90%. No entanto, enquanto se observa que significativa parcela da população boliviana não tem luz, o Executivo já negocia exportar eletricidade. Atualmente avalia-se um investimento de US$1.500 milhões na hidrelétrica Cachuela Esperanza, com capacidade de 800 MW, o que permitiria exportar eletricidade para o Brasil. (El Diario – Bolívia – 03.09.2009)