O investimento insuficiente nos transportes e os riscos do setor de energia que deixam a infraestrutura brasileira incapaz de lidar quando há um crescimento maior colocam pressão adicional sobre as instalações do país. O vice-presidente da CNI, José Mascarenhas, disse que as empresas têm poucas alternativas à malha rodoviária em situação precária e têm de aturar portos ineficientes e preços exagerados da energia elétrica. As empresas reclamam com frequência do baixo investimento em obras públicas e, à medida que o Brasil tenta resgatar o ritmo de antes de a crise global interromper seu forte crescimento, a questão vai se tornar mais premente. Ele afirmou que os problemas nos portos brasileiros, que viram o ritmo de transferência de contêineres mais do que dobrar desde 2001, chegaram a um ponto onde investidores privados precisam também participar, em vez de apenas o dinheiro do governo. (Reuters – 23.09.2009)
Quinta, 24 de setembro de 2009
CNI: infraestrutura é empecilho para ambições do Brasil
BNDES: desembolsos somam R$ 123,6 bi
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou nesta quarta-feira que o volume de desembolsos do banco no período de 12 meses até agosto atingiu R$ 123,6 bilhões, montante que representa um crescimento em relação ao registrado em julho, de R$ 122 bilhões. A expectativa de Coutinho é de que o avanço das decisões de investimento coloquem a taxa de FBCF em um patamar entre 18,5% e 19% este ano. E que, em 2010, seja de, pelo menos, 20%, o que representaria um nível recorde desde a década de 70. Ele citou que os projetos de investimento monitorados pelo BNDES para o período de 2009 a 2011, atingiram o volume de R$ 731 bilhões em agosto, o que significa que os investimentos já se aproximam do período pré-crise. Para se ter uma ideia, em agosto de 2008 esse volume era de R$ 781 bilhões e, em dezembro do ano passado, caiu para R$ 688 bilhões. (Gazeta Digital – 24.09.2009)