O BNDES espera que o Tesouro Nacional destine mais recursos para a instituição em 2010, depois da injeção de R$ 100 bilhões, afirmou Ernani Torres, superintendente da área de acompanhamento econômico do BNDES. Em janeiro, o governo federal anunciou injeção de R$ 100 bilhões no BNDES para garantir ao banco de fomento condições de suprir a demanda por financiamentos em meio à crise global. Questionado sobre o valor de um possível novo aporte, o superintendente do BNDES afirmou que o montante pode ser similar ao deste ano. Segundo Torres, o aporte de capital no banco seria um elemento de estabilização em ano de eleições presidenciais, evitando que ocorra uma contaminação desnecessária da política no investimento. A demanda por financiamentos do BNDES segue aquecida, revelou Torres Ele disse ainda que o acesso ao mercado de capitais neste momento está mais ligado à busca de recursos por empresas para reforço de liquidez e reestruturação de passivos, e não processos de investimentos. (Jornal do Brasil – 24.09.2009)
Sexta, 25 de setembro de 2009
BNDES conta com nova injeção de verbas federais em 2010
Após tombo, setor de máquinas cresce 18% em agosto
Apesar de contabilizar perdas de 22,3% no faturamento do ano, a indústria de máquinas e equipamentos, termômetro da saúde econômica do país, dá sinais de que voltou a crescer. O faturamento do setor foi de R$ 6,04 bilhões em agosto, alta real de 18% na comparação com julho, segundo dados da Abimaq. O resultado leva o faturamento de volta aos níveis de dezembro de 2008 e para longe dos R$ 3,99 bilhões de janeiro deste ano, nível mais baixo do setor em 24 meses. Representantes das indústrias afirmam ainda que agosto foi o primeiro mês desde outubro de 2008 em que o saldo de contratações e demissões foi positivo, com a incorporação de 850 novos funcionários. Embora o governo tenha anunciado em julho uma linha de crédito para a aquisição de máquinas que totaliza R$ 12 bilhões, Carlos Pastoriza, diretor-secretário da organização, diz que o crescimento registrado em agosto não pode ser atribuído aos financiamentos. (Folha de São Paulo – 25.09.2009)
Quinta, 24 de setembro de 2009
CNI: infraestrutura é empecilho para ambições do Brasil
O investimento insuficiente nos transportes e os riscos do setor de energia que deixam a infraestrutura brasileira incapaz de lidar quando há um crescimento maior colocam pressão adicional sobre as instalações do país. O vice-presidente da CNI, José Mascarenhas, disse que as empresas têm poucas alternativas à malha rodoviária em situação precária e têm de aturar portos ineficientes e preços exagerados da energia elétrica. As empresas reclamam com frequência do baixo investimento em obras públicas e, à medida que o Brasil tenta resgatar o ritmo de antes de a crise global interromper seu forte crescimento, a questão vai se tornar mais premente. Ele afirmou que os problemas nos portos brasileiros, que viram o ritmo de transferência de contêineres mais do que dobrar desde 2001, chegaram a um ponto onde investidores privados precisam também participar, em vez de apenas o dinheiro do governo. (Reuters – 23.09.2009)