A tímida recuperação nas exportações de produtos manufaturados em setembro, comparado com agosto, foi superada pelo forte aumento das importações no mês passado, o que levou o resultado do comércio exterior, no mês, a um superávit de apenas US$ 1,33 bilhão. O desembarque de compras de petróleo explica grande parte desse aumento de importações. Mas houve também grande importação de máquinas e equipamentos e de insumos industriais, reflexo de aumento na produção e investimentos. O secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, afirmou que o aumento nas compras de matérias-primas e outros insumos é estimulado pela queda na cotação do dólar. O mau desempenho do mês levou o Ministério do Desenvolvimento a abandonar a meta de US$ 160 milhões neste ano, e a nova meta deverá ficar próxima a US$ 158 milhões, informou o secretário. O saldo positivo no comércio exterior, de janeiro a setembro, já soma US$ 21,3 bilhões. Barral comentou que o principal problema enfrentado pelos exportadores são os custos de transação no Brasil. (Valor Econômico – 02.10.2009)