O impasse entre os governos do Brasil e Paraguai em busca de uma solução para as compensações financeiras relativas à comercialização de energia gerada pela Hidrelétrica de Itaipu deve se arrastar por mais duas ou três semanas. O principal ponto de controvérsia é a recomendação de elevar o repasse de cerca de US$ 110 milhões/ano para US$ 320 milhões/ano por parte dos brasileiros para os paraguaios. Técnicos do TN e do MME tentam encontrar uma maneira de adequar à prática o acordo negociado pelos presidentes Lula e Fernando Lugo, em julho. Os valores contidos na proposta ainda estão em fase de análise pelos especialistas brasileiros que acompanham as negociações. Por enquanto, o texto aguarda aprovação do Congresso Nacional do Paraguai para depois ser remetido ao Brasil. De acordo com técnicos, o acordo permitirá que o Paraguai venda energia, no mercado brasileiro, sem a mediação da empresa estatal Eletrobrás. O objetivo é assegurar também que os dois países tenham condições de comercializar a energia de Itaipu em outros mercados, a partir de 2023. (Agência Brasil – 19.10.2009)
Terça, 20 de outubro de 2009
Impasse sobre compensações financeiras de Itaipu deve levar mais três semanas
Diretrizes para leilão de Belo Monte devem ser divulgadas até o fim desta semana
As primeiras diretrizes para o leilão da Usina de Belo Monte, no Rio Xingu, devem ser divulgadas pelo MME até sexta-feira (23). De acordo com informações do ministério, o leilão está previsto para ser realizado entre os dias 7 e 20 de dezembro deste ano. A licença prévia expedida pelo Ibama, que será o último requisito para o leilão da usina, ainda não tem data definida para ser liberada. A Usina de Belo Monte deverá ter potência instalada de 11.233 MW de energia e fará parte do SIN contribuindo para o fornecimento de energia elétrica em outras regiões do país. Um estudo da Empresa de Pesquisa Energética prevê que a obra deverá custar R$ 16 bilhões. A usina deve começar a gerar energia em 2014. (Agência Brasil – 19.10.2009)
Câmara discute impacto de hidrelétricas em SP e MG
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara realiza audiência pública nesta terça-feira (20) para discutir o impacto da construção de cinco PCHs em municípios de São Paulo e Minas Gerais. O debate foi proposto pelo deputado Marcos Montes (DEM-MG) e Ricardo Tripoli (PSDB-SP). A Frente Ampla do Sul de Minas e Leste Paulista em Prol do Projeto Cachoeiras Vivas, que organizou um abaixo-assinado contra as usinas, explica que um pool de empresas goianas pretende implantar 5 mini-UHEs no sul de Minas Gerais e leste paulista, para gerar no total 5 Mhw de energia. Serão quatro os municípios afetados: Socorro (SP), Munhoz (MG), Tocos do Moji (MG) e Bueno Brandão (MG), sendo que neste último serão construídas duas Mini-Usinas na mesma seqüência hídrica. (Setorial News – 19.10.2009)