O Banco do Brasil prepara seu próprio PAC. Além de ampliar o volume de financiamento para a infraestrutura, o BB vai aumentar os investimentos diretos no setor. O banco pretende montar uma carteira de participações em projetos das áreas de energia, saneamento e transportes. Um dos primeiros alvos é o leilão da hidrelétrica de Belo Monte. São grandes as probabilidades de que o BB tenha uma fatia minoritária, de até 5%, em um consórcio junto com Furnas. Há conversas também com Cemig e Copel para a construção conjunta de PCHs. Ainda na área de energia, o BB vai participar também de projetos de geração a partir de biomassa. Há estudos no governo para uma nova capitalização dos bancos federais com foco exatamente na elevação do crédito para o setor de infraestrutura. As obras do “PAC do BB” começarão dentro de casa, mais especificamente na estrutura societária do banco. A ideia é criar um braço de participações, uma espécie de “BBPar”, onde serão pendurados os futuros negócios e ativos já em poder do banco. O BB quer aproveitar a ocasião para separar seus investimentos em empresas financeiras e nãofinanceiras. As participações no chamado grupo seguridade (BrasilCap, BrasilPrev e Brasil Veículos) e na Visa Vale, Cibrasec, Visanet, Tecban e EBP permanecerão agrupadas no Banco do Brasil Banco de Investimentos (BB BI). Já as ações das companhias não ligadas ao setor financeiro – NeoEnergia, Kepler Weber, Itapebi e Pronor – serão transferidas para a futura empresa de participações. (Relatório Reservado – 26.10.2009)
Terça, 27 de outubro de 2009
Banco do Brasil: carteira de participações em projetos de energia
LP de Belo Monte prestes a sair
Nesta semana, o Ibama deve conceder a LP para a construção da usina de Belo Monte, com capacidade de 11.233 MW e custo estimado de mais de R$ 15 bilhões. Porém, às vésperas do anúncio, se acirraram as discussões entre representantes da população local e do governo federal sobre a obra. Nos últimos dias, a Funai emitiu parecer favorável à construção, mas a Justiça federal, a pedido da procuradoria do Pará, exigiu manifestação do Ibama em 72 horas sobre a realização de novas audiências públicas na região. Para os procuradores, o Ibama ignorou a dimensão social da obra e seus impactos diretos sobre a vida dos moradores da região. Eles alegam que as quatro audiências públicas realizadas em setembro não atingiram toda a população que será afetada. (Valor Econômico - 27.10.2009)
Belo Monte: participação da Eletrobrás mantém diretrizes em aberto
O presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, disse nesta segunda-feira, 26 de outubro, que as diretrizes para o leilão de Belo Monte (PA, 11.233 MW) ainda estão sendo fechadas. Previstas para serem divulgadas na semana passada, as diretrizes ainda estão sendo concluídas pelo governo e devem ser anunciadas ainda nesta semana. Os principais pontos já estão fechados, de acordo com Tolmasquim, exceto o que trata da forma de participação da Eletrobrás, que ainda não está decidida. A dúvida, apontou, está no modelo de entrada das subsidiárias, ou seja, se a estatal adotará o chamado "modelo noiva" ou se as subsidiárias participarão separadamente da disputa, em cada um dos consórcios. (CanalEnergia – 26.10.2009)