Com o pior desempenho dos últimos 12 anos para setembro, o resultado fiscal do governo central desabou no mês passado e registrou um deficit de R$ 7,63 bilhões. O maior saldo negativo do ano nas contas públicas levou o governo a admitir pela primeira vez que poderá usar os valores dos gastos com investimentos para atingir a meta de superavit primário em 2009. Parte do resultado em setembro se deve ao pagamento de metade do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS, que acarretou um deficit de R$ 9,17 bilhões. Com sucessivas quedas na arrecadação, a receita do governo caiu 7,8% entre janeiro e setembro na comparação com os mesmos meses de 2008. Já as despesas públicas aumentaram 16,5% no período. A meta para este ano é de R$ 42,7 bilhões, mas, até o mês passado, o esforço fiscal foi de apenas R$ 16,373 bilhões. No mesmo período do ano passado, o superavit já estava em R$ 80,984 bilhões. "(...) os próximos meses já mostrarão resultado melhor em razão da melhoria da economia", afirmou o secretário do Tesouro, Arno Augustin. (Folha de São Paulo – 30.10.2009)
Sexta, 30 de outubro de 2009
Despesa dispara, e governo tem rombo de R$ 7,63 bi
CNI: investimento não acompanha a produção
A CNI informou nesta quinta-feira que a produção cresceu no terceiro trimestre após três trimestres seguidos de queda. O emprego na indústria seguiu a mesma tendência da produção e esses dois indicadores ficaram com pontos acima da linha divisória dos 50. Pela metodologia utilizada, acima de 50 pontos a avaliação dos indicadores é boa e abaixo, é ruim. Em relação à utilização da capacidade instalada, a sondagem revelou um aumento no terceiro trimestre, mas destacou que ficou ainda abaixo do que foi apurado no mesmo período de 2008, quando a economia ainda não sofria os efeitos da crise financeira internacional. Apesar do crescimento da produção, os investimentos no setor industrial ainda não se recuperaram e enfrentam alguns obstáculos para voltarem aos níveis de antes da crise econômica mundial, como oferta de crédito, segundo o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. (Monitor Mercantil – 29.10.2009)
Indústria sofre tombo de 8% em setembro
O indicador Ipea de Produção Industrial Mensal (PIM) apontou, em setembro, queda de 8% sobre o mesmo mês do ano passado. Na comparação com agosto, o instituto vê evolução de 0,9%. "A produção de papel e papelão apresentou avanço na comparação com setembro de 2008: 5,1%. Foi a primeira vez que isso aconteceu desde a quebra do Lehman Brothers", destaca o economista Leonardo Carvalho, coordenador da pesquisa do Ipea. "Outubro deve acentuar a tendência de crescimento na comparação com o mesmo período do ano anterior", prevê Carvalho, reconhecendo que aí a base de comparação já será mais fraca. Ainda assim, considera que os resultados têm sido mais significativos em relação à velocidade da recuperação e que está havendo boa disseminação do crescimento. (Monitor Mercantil – 29.10.2009)