A atividade industrial brasileira manteve-se em recuperação no último trimestre do ano passado, com produção e emprego crescendo de forma mais disseminada, mostrou sondagem da CNI. O indicador de evolução da produção aumentou de 56,6 para 58,1 pontos no quarto trimestre, mas ainda está 0,9 ponto abaixo do nível apurado no quarto trimestre de 2007, antes da eclosão da crise global.O indicador de emprego na indústria atingiu 53,9 pontos, acima da linha de 50 pontos que separa crescimento de contração. A indústria operou, em média, com 77% da capacidade instalada no quarto trimestre, quatro pontos percentuais acima do trimestre anterior. "O ano de 2010 se inicia com a indústria recuperando o ritmo de crescimento anterior à crise internacional", destacou a CNI em nota. (Reuters – 28.01.2010)
Sexta, 29 de janeiro de 2010
Indústria em recuperação no final de 2009, aponta CNI
Em 2010, investimentos retornam ao patamar de 2008
Os investimentos mapeados pelo BNDES para o período 2010/2013 somam R$ 762 bilhões, revelando crescimento de 40,3% em comparação aos investimentos que foram projetados para o período 2005/2008, da ordem de R$ 543 bilhões. Segundo o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, a projeção dos próximos quatros anos corresponde à metade dos investimentos previstos para o país. O crescimento estimado dos investimentos é de 7% ao ano. O mapeamento confirma a recuperação dos planos de investimento da indústria e da área de infraestrutura. Para 2010, o BNDES estima uma relação do investimento total sobre o PIB de 18,6%, retornando ao índice registrado antes da crise financeira internacional, que era de 19% em 2008. O mapeamento do BNDES indica que o setor de petróleo e gás continuará liderando os investimentos no país, com um total de R$ 307 bilhões até 2013. (Valor Econômico - 29.01.2010)
Quinta, 28 de janeiro de 2010
Governo usa artifício para cumprir meta fiscal de 2009
O governo precisou recorrer a um artifício contábil para conseguir cumprir a meta de economia de recursos em 2009 para o pagamento de juros da dívida, conhecido como superavit primário. Como o esforço fiscal não alcançou os R$ 42,7 bilhões exigidos para o ano passado, a solução foi incluir na conta R$ 400 milhões referentes a uma pequena parte das despesas do PAC. Para completar o caixa, a principal estratégia foi turbinar o recebimento de dividendos das empresas estatais, que dobraram em 2009, somando R$ 26,683 bilhões. Só no último dia do ano, o Tesouro realizou uma troca com o BNDES e conseguiu R$ 3,5 bilhões em antigos dividendos da Eletrobrás que não tinham previsão de pagamento. Em 2010, o governo estima que o aumento na arrecadação será suficiente para cumprir a meta, que deve retornar ao patamar de 3,3% do PIB, sem a necessidade de malabarismos contábeis. (Folha de São Paulo – 28.01.2010)