O BNDES espera que os investimentos no setor de energia elétrica cheguem a R$ 92 bilhões no quatriênio 2010-2013. Isso significa, segundo estudo do BNDES, um crescimento médio de 6,3% ao ano. O montante é 35,7% superior aos R$ 68 bilhões investidos entre 2005 e 2008. O segmento vai representa um terço dos R$ 274 bilhões em investimento para os próximos anos. O principal destaque são as hidrelétricas do rio Madeira - Santo Antônio e Jirau - que receberão cerca de R$ 20 bilhões no período. O estudo inclue também a hidrelétrica de Belo Monte, prevista para ser licitada até abril, que deve ter R$ 8 bilhões empregados. Já a usina nuclear de Angra 3 tem uma previsão de investimentos de R$ 4 bilhões para o período de 2010 a 2013. O banco lista outros 70 projetos de energia eólica que necessitarão de R$ 8 bilhões nos próximos anos. (CanalEnergia – 22.02.2010)
Terça, 23 de fevereiro de 2010
Investimento em energia elétrica chega a R$ 92 bi em 2010-2013, segundo BNDES
Vale participa de Belo Monte de olho na venda de energia
A mineradora Vale confirmou a sua intenção em formar com a Andrade Gutierrez , Neoenergia e Votorantim Energia um consórcio que participará do processo de licitação e leilão da usina hidroelétrica de Belo Monte. Com isso, a companhia além de obter energia a preço de custo, também terá a vantagem de poder vender no mercado livre uma possível sobra de energia e lucrar com isso. Além da Vale, pelo menos outras três empresas já manifestaram interesse em participar dos consórcios, investindo para garantir suprimento: CSN, Gerdau e Alcoa. (DCI – 23.02.2010)
GESEL: não faltará interesse por parte dos autoprodutores em Belo Monte, diz Nivalde de Castro
Para o coordenador do Gesel/UFRJ, Nivalde de Castro, não faltará interesse por parte dos autoprodutores na hidrelétrica Belo Monte. "A Alcoa, por exemplo, quer acesso à fonte de energia mais barata, porque ela tem projetos no Norte. E esses agentes ajudam o governo a ter a modicidade tarifária, porque querem energia barata pra usarem", afirmou. O cálculo preliminar da EPE, já aprovado pelo TCU, estimava que a obra custaria R$ 16 bilhões e estipulava um valor máximo para a energia de R$ 68 por MWh, mas isso ainda pode subir em cerca de R$ 1,5 bilhão na nova avaliação em curso, que levará em conta as exigências ambientais feitas pelo Ibama na licença prévia do projeto. O setor privado avalia que esse valor pode chegar até mesmo a R$ 30 bilhões. Na opinião de Nivalde de Castro, o valor médio, entre mercado cativo e livre, chegaria mais ou menos aos R$ 100 o MWh, patamar próximo ao obtido nas usinas do rio Madeira. (DCI – 23.02.2010)