O Brasil registrou em janeiro déficit em transações correntes de 3,841 bilhões de dólares, ante saldo negativo de 2,763 bilhões de dólares um ano atrás, informou o BC nesta terça-feira. Analistas previam um déficit de 4,7 bilhões de dólares, segundo mediana de sondagem feita pela Reuters. Em 12 meses até janeiro, o déficit em transações correntes correspondeu a 1,56 por cento do PIB, ante déficit de 1,55 por cento do PIB em 12 meses até dezembro. Os investimentos estrangeiros diretos no país caíram para 789 milhões de dólares no mês passado. Em janeiro de 2009, esses investimentos foram de 1,930 bilhão de dólares.
Quarta, 24 de fevereiro de 2010
Brasil tem déficit em conta corrente de US$3,8 bi em janeiro
Terça, 23 de fevereiro de 2010
Setor elétrico liderava investimentos em infraestrutura
Há pouco mais de uma década, o setor de telecomunicações liderava os investimentos em infraestrutura no Brasil. Esse papel hoje e nos próximos anos caberá ao setor elétrico, segundo o BNDES. O setor elétrico, que vinha em patamar entre R$ 12 bilhões e R$ 17 bilhões, começa a subir e, entre 2010 e 2013, deverá receber R$ 92 bilhões, ou 35,7% a mais do que entre 2005 e 2008 e 35,7% de tudo o que a infraestrutura vai receber nos próximos quatro anos. O setor elétrico experimentará investimentos elevados na construção de geradoras, frutos dos leilões realizados pelo governo com o objetivo de atender o crescimento da demanda previsto para horizontes de cinco anos. Além das usinas de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte, o BNDES incluiu na conta a usina nuclear de Angra 3, com investimento previsto de R$ 4 bilhões, e mais de 70 projetos em energia eólica. (Folha de São Paulo – 22.02.2010)
Governo federal planeja criar central de elaboração de projetos de infraestrutura
O governo enviará ao Congresso projeto de lei propondo a criação de nova entidade ou órgão federal, especializado na elaboração de projetos de obras, sobretudo de infraestrutura. O projeto foi encomendado pelo presidente Lula que pretende apresentá-lo ao Legislativo num prazo de 30 a 40 dias, disse ao Valor o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Segundo ele, a ideia é criar algo semelhante ao Geipot que, criado em 1965 funcionou como grupo interministerial até agosto de 1973, quando se transformou em Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes, sem mudar a sigla. No início de 2002, com a criação do DNIT, o governo federal decretou a liquidação da empresa. Hoje, a tarefa de elaborar projetos de obras de infraestrutura não é centralizada. Está pulverizada por todos os ministérios. O governo avalia que, montando uma grande central de produção de projetos, com um corpo técnico especializado, aumentará a capacidade de investimento do Estado brasileiro e melhorará a qualidade dos projetos. (Valor Econômico – 23.02.2010)