A EPE entregou ontem ao TCU e ao MME os novos estudos para a construção da usina de Belo Monte e a revisão do valor da obra dos R$ 16 bilhões originais para cerca de R$ 20 bilhões, segundo uma fonte que teve acesso ao documento. A Casa Civil quer guardar sigilo sobre o valor exato do projeto e o preço-teto para a tarifa até que o TCU aprove as novas estimativas. Com a definição do estudo, a Aneel agora só aguarda a aprovação do TCU para lançar o edital de leilão da usina com potencial de 11 mil MW no rio Xingu (PA). Depois de publicado, o prazo para a data do leilão é de 30 dias. Conforme previsão do governo, ele deverá ocorrer até 12 de abril. (Valor Econômico – 04.03.2010)
Quinta, 4 de março de 2010
EPE agora estima em R$ 20 bi custo da UHE de Belo Monte
Abrace: reivindicações em torno do leilão de Belo Monte
Não param de chegar reivindicações ao governo federal em torno do leilão da UHE de Belo Monte. Agora é a vez dos consumidores livres. Eles querem o chamado "alívio de exposição" ao comprar a energia de Belo Monte. Como a usina ficará no Norte do país e o consumo dessas grandes indústrias se concentra em outras regiões, principalmente Sudeste, eles ficam expostos à diferença de preços entre um mercado e outro. Em alguns meses de 2009, por exemplo, essa diferença chegou a até R$ 65,00 por MWh. Segundo explica o presidente da Abrace, Ricardo Lima, essa diferença acontece porque existe um Preço da Liquidação das Diferenças (PLD) para cada submercado de consumo. O PLD é definido por um simulador que leva em conta aspectos como demanda, restrições de transmissão, regime hidrológico e condições de armazenamento. (Valor Econômico – 04.03.2010)
Braskem analisa propostas para Belo Monte
O presidente da Braskem, Bernardo Gradin, afirmou ontem que a petroquímica está analisando propostas para a participação no leilão da usina de Belo Monte. Segundo ele, a companhia foi procurada por mais de um consórcio interessado na disputa. Até agora, o único autoprodutor de energia que oficializou sua participação na disputa foi a Vale, em consórcio com Neoenergia, Andrade Gutierrez e Votorantim. "Sempre que há um novo projeto, a Braskem é procurada", afirmou Gradin, lembrando que a companhia é hoje uma das cinco maiores consumidoras de energia do País. Gradin deixou claro que a participação da Braskem na disputa não foi sondada apenas pelo consórcio liderado pela Odebrecht (controladora da Braskem) e Camargo Corrêa. "Os consórcios nos apresentaram a proposta e estamos analisando a hipótese", afirmou, sem citar nomes dos consórcios. (Estado de São Paulo – 04.03.2010)