O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, vai lançar no dia
Terça, 9 de março de 2010
Integração energética da AL: riscos
Eletrobrás: know-how em construção de usinas hidrelétricas
Com a sua nova imagem, a Eletrobrás quer atrelar sua marca ao know-how em construção de usinas hidrelétricas. O destaque é relevante em um momento em que o mundo discute a emissão de carbono de matriz elétrica. As hidrelétricas são consideradas usinas de energia renovável e, com esse discurso, o Brasil quer convencer os vizinhos a se associarem à Eletrobrás. A imagem da empresa é relevante também no aspecto político, para conquista dos cidadãos de países vizinhos. No Peru, por exemplo, no início das discussões sobre a construção de usinas pelo Brasil, a recepção foi fortemente negativa. O argumento mais ouvido por lá era: "Não deixaremos o Brasil vir aqui explorar as nossas riquezas naturais", segundo brasileiros que participaram de seminários sobre o tema no Peru. Hoje, porém, a rejeição dos peruanos à usina já se reduziu, com a explicação e convencimento de que o fornecimento ao país será prioritário em relação à exportação de energia. O Peru tem 20 mil MW de potencial hidrelétrico, por conta de seu relevo bastante acidentado, mas explora só 4 mil MW atualmente. (Valor Econômico – 09.03.2010)
Energia de hidrelétricas internacionais poderá ser vendida por leilão no Brasil
A energia das hidrelétricas estudadas no exterior para abastecer o mercado brasileiro poderá ser vendida através de leilões. A medida está sendo estudada, por exemplo, para as usinas localizadas no Peru. Se implementada, a modalidade será uma guinada em relação ao modelo adotado para internalizar a energia de Itaipu, que é cotizada entre as distribuidoras do Centro Sul do país.Segundo Sinval Gama, superintendente de Operações no Exterior, a energia deve entrar no mercado nacional mostrando sinal econômico mais barato para não pressionar as tarifas de energiaA Eletrobrás está estudando seis usinas hidrelétricas no Peru, com capacidade instalada de 6,5 mil MW. A primeira a ser desenvolvidade deve ser Inambari, com 2 mil MW. Gama disse que a forma de internalização da energia será decidida em Tratado entre os dois países, a ser votado pelos Congressos Nacionais.Além delas, estão em estudo uma usina na Guiana, com 1.500 MW; e duas, em parceira com a Argentina - Garabi (1.036 MW) e Roncador (1.144 MW). (CanalEnergia – 08.03.2010)