Existe a perspectiva de que o governo se sensibilize, pelo menos em parte, com as empresas participantes do leilão da UHE Belo Monte. O fato do BNDES ainda não ter divulgado as condições do financiamento pode ser um sinal. Além disso, outras condições estão sendo requeridas pelas empresas. Uma delas é que a Eletrobras aceite taxa de retorno reduzida. Pedem a redução da tarifa de transmissão que foi estabelecida em R$ 14 por MWh. Na parte de benefícios fiscais, além daqueles já associados a um empreendimento do PAC buscam o enquadramento nos benefícios fiscais da Superintendência da Amazônia (Sudam) e financiamento do Banco da Amazônia (Basa), que tem condições melhores que a do BNDES. Dos pedidos menos prováveis de o governo aceitar, está ainda a permissão para que após implantadas as turbinas suficientes para gerar a energia assegurada, as turbinas restantes tenham prazo maior de instalação. (Valor Econômico – 24.03.2010)
Quarta, 24 de março de 2010
Belo Monte: Governo pode atender empresas participantes dos consórcios
Suez diz que ainda analisa participação em Belo Monte
Encarado pelo mercado como o fiel da balança no leilão da UHE de Belo Monte, o grupo franco-belga Suez diz que ainda não bateu o martelo sobre sua participação na concorrência. O presidente da Suez no Brasil, Maurício Bahr, afirmou que o grupo está “debruçado” sobre as informações já liberadas pelo governo, mas ainda vê grandes incertezas no projeto. Na visão do governo, a participação da Suez poderia garantir maior competição ao leilão. “Estamos estudando o edital, as questões ambientais... Estamos fazendo o dever de casa”, disse Bahr, em conversa com o Estado. Embora haja sinais de que a empresa tenha sido procurada pelos consórcios formados para a disputa, Bahr reforçou que ainda não há acordo com qualquer grupo. Segundo ele, o principal entrave à participação na obra está nas incertezas geradas pela construção dos canais artificiais no caminho para a casa de força. (Estado de São Paulo – 24.03.2010)
Índios preparam protesto contra usina em 5 de abril
Com a aproximação do leilão que decidirá qual consórcio de empresas executará a Usina de Belo Monte, no Rio Xingu, lideranças representando mais de 15 etnias que vivem na Bacia do Rio Xingu prometem para 5 de abril mais um protesto contra a construção da hidrelétrica, na Aldeia Piaraçu, reserva Capoto-Jarina,