Blog do GESEL- Grupo de Estudos do Setor Elétrico - UFRJ

A Eletrobrás usou sua subsidiária Eletronorte para convocar os consórcios interessados em participar do leilão de Belo Monte e assim definir as sociedades que serão firmadas para disputar o leilão com as subsidiárias do grupo. A Eletronorte será responsável pela definição das parcerias a serem feitas, segundo o documento publicado ontem no site da empresa. O prazo para cadastro dos interessados termina no dia 30 de março, às 12 horas, e de acordo com fontes próximas à empresa, o objetivo do governo é já ter nas mãos, com clareza, a formação dos consórcios que vão à leilão.  O uso da Eletronorte para realizar a chamada pública e análise dos interessados - e não a própria Eletrobrás - foi vista com estranheza pelos empreendedores que pretendem disputar o empreendimento. A Eletronorte foi a empresa do grupo que fez todos os estudos de Belo Monte e a usina está localizada em sua área de atuação, mas esperava-se que a Eletrobrás liderasse o processo já que outras subsidiárias do grupo serão usadas na formação dos consórcios. (Valor Econômico – 25.03.2010)

O governo chamou os interessados do setor privado a se associarem à Eletrobrás no leilão da UHE de Belo Monte, no rio Xingu (PA). Foram colocadas a disposição, para a montagem de consórcios Eletronorte, Chesf, Furnas e Eletrosul. Por enquanto, há dois consórcios privados na disputa: 1) Andrade Gutierrez, Neoenergia (associação entre a Iberdrola, a Previ e o Banco do Brasil), Vale e Votorantim e 2) Camargo Corrêa e Odebrecht e, provavelmente, CPFL Energia, controlada pela Camargo Corrêa. A intenção da Eletrobrás é colocar Furnas e Eletrosul no consórcio da Camargo Corrêa e da Odebrecht. Eletronorte e Chesf, então, ficariam com Andrade Gutierrez e Neoenergia. O martelo só não está batido porque há indefinição em relação a participação do grupo Suez, que ganhou a licitação da hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira (RO). (Folha de São Paulo – 25.03.2010)

O Paraguai solicitou ao Brasil o financiamento das obras necessárias para a distribuição da energia elétrica  da linha de transmissão de 500 Kv que irá desde Itaipu até Villa Hayes. O anúncio foi feito ontem pelo ministro da Indústria e Comércio, Francisco Rivas, após reunião com representantes BNDES, entidade a qual se apresentou o pedido de financiamento. Também participaram da reunião o embaixador do Brasil no Paraguai, Eduardo dos Santos, técnicos do Banco Central do Paraguai e da Ande e do Ministério de Relações Exteriores do Brasil. (La Nación – Paraguai – 25.03.2010)