A recente crise mundial alçou o Brasil à condição de oitava maior economia do mundo em 2009. É a primeira vez desde 1998 que o país ocupa essa posição no ranking global com o PIB medido em dólares. A crise econômica no mundo desenvolvido, a fortaleza do real e políticas anticíclicas bem sucedidas adotadas pelo governo contribuíram para esse resultado. Mas por trás da performance brasileira há também deficiências, como uma economia ainda fechada, que se travestiram de vantagem durante a crise, mas que no longo prazo tendem a voltar a pesar negativamente na trajetória do país. Com esse movimento, o Brasil também passou a ser a segunda maior economia das Américas, atrás apenas dos Estados Unidos. Ganhar posições no ranking de maiores economias é positivo porque torna o país mais atrativo para investidores externos e aumenta seu peso geopolítico. Mas desde que a mudança seja sustentável. (Folha de São Paulo – 28.03.2010)