Economia Brasileira

O governo central apresentou déficit de R$ 1,1 bilhão em fevereiro, depois de ter registrado superávit de R$ 13,9 bilhões em janeiro. O resultado do mês passado foi praticamente igual ao de fevereiro de 2009, quando as receitas haviam sido bastante afetadas pela crise financeira global. O déficit de fevereiro foi puxado pelas contas da Previdência, que encerraram o mês com um saldo negativo de R$ 3,8 bilhões. As contas do Tesouro, isoladas, registraram superávit de R$ 2,6 bilhões no mês passado. No bimestre, porém, o governo central obteve superávit de R$ 12,8 bilhões, o equivalente a 2,45% do PIB. Nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, o superávit primário atingiu R$ 49,1 bilhões (1,54% do PIB). A meta para este ano é de 2,15%. No primeiro bimestre, o esforço fiscal foi beneficiado pela a alta de 13,46% na arrecadação de impostos e pela postergação de despesas tradicionais nos primeiros dois meses do ano, como os pagamentos de precatórios e sentenças judiciais de pessoal. Por outro lado, o governo aumentou em 33,62% as despesas discricionárias. Para março o secretário prevê aumento das despesas por causa dos precatórios e das sentenças judiciais. Os pagamentos acumulados do PAC atingiram R$ 2,26 bilhões em janeiro e fevereiro. Apesar do déficit primário registrado em fevereiro, os gastos do governo central estão desacelerando em 2010. (Valor Econômico – 31.03.2010)