O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, disse ontem que "é muito pouco provável" que o governo aplique uma correção monetária para aumentar o preço-teto da energia da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. O pedido foi feito pelas empresas interessadas no projeto, que consideram baixo o valor máximo de R$ 83,00 por megawatt/hora (MWh) fixado pelo governo. Em conversa com a imprensa após participar de reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), Tolmasquim disse que o governo está avaliando outro pleito das empresas, formulado pelos autoprodutores que vão participar do leilão, que é o de criar algum tipo de proteção para que eles não fiquem expostos às variações de preços dos diferentes submercados de energia.Tomalsquim também disse que a hipótese de swap está sendo analisada assim como outros mecanismos. (Estado de São Paulo – 31.03.2010)
Quarta, 31 de março de 2010
EPE: é pouco provável ajuste em preço de Belo Monte
Tolmasquim: “A meta do governo é conseguir dois consórcios”
Tolmasquim afirmou que, por enquanto, a meta do governo é conseguir dois consórcios para entrar na disputa de Belo Monte. "Se houver um terceiro, será uma boa surpresa", disse. Até o momento, dois consórcios estão mais cotados para participar do leilão. Um é liderado por Camargo Corrêa e Odebrecht e outro por Andrade Gutierrez, Vale, Neoenergia e Votorantim. Por enquanto, apenas o consórcio da Andrade Gutierrez já formalizou junto a Eletrobras seu desejo de se associar à estatal no leilão. O ministério de Minas e Energia realizou ontem a última reunião do CMSE com a participação do ministro Edison Lobão, que vai transferir o cargo hoje para o secretário-executivo Márcio Zimmermann. (Estado de São Paulo – 31.03.2010)
Eletronorte prorroga prazo para formar consórcios para Belo Monte
A Eletronorte, em nome da Eletrobrás, prorrogou o prazo da chamada pública para que os grupos interessados em participar do leilão de Belo Monte em sociedade com a estatal se apresentem oficialmente. Segundo um importante executivo da estatal, a solicitação foi feita pelo MME em nome de grupos que mostraram o interesse em participar do leilão mas queriam mais tempo para formar um novo consórcio. O mesmo executivo diz que seria um terceiro consórcio que estaria por trás dessa solicitação. O prazo original da chamada pública terminava ao meio-dia de hoje e foi prorrogado até o dia 7 de abril, às 17 horas. Pelo menos um consórcio já se cadastrou para firmar sociedade com a Eletrobrás: o grupo formado por Andrade Gutierrez, Neoenergia, Vale e Votorantim O consórcio liderado por Camargo Corrêa e Odebrecht não se inscreveu, mas o motivo foi a prorrogação dada pela Eletrobrás. Segundo fontes ligadas ao consórcio, não foram eles que pediram a prorrogação do prazo. (Valor Online – 30.03.2010)