Nos próximos dois meses, as emissões de debêntures devem crescer de forma expressiva. Empresas que querem se capitalizar para investir, realizar aquisições ou alongar dívidas já consultam bancos especializados. A perspectiva é, no entanto, que as empresas obtenham recursos por prazos mais curtos e maiores custos do que os verificados antes da crise financeira, repetindo o padrão observado entre o final do ano passado e início deste ano. Segundo especialistas, as próximas emissões de debêntures serão concentradas em companhias do setor elétrico, de telecomunicações e concessionárias de rodovias. O destaque, no último trimestre de 2009, foram operações de empresas do setor elétrico. Na ocasião, as emissões tiveram prazo alongado entre três e cinco anos, no caso dos papéis indexados ao CDI, os de maior liquidez. O prazo médio das novas emissões ainda está longe dos sete anos observados no pré-crise, mas é melhor do que se observou no início do ano. (Estado de São Paulo – 09.04.2010)
Segunda, 12 de abril de 2010
Empresas de energia preparam emissão de debêntures
Eletrobras confirma que receberá US$ 500 mi do Banco Mundial
A Eletrobras confirmou nesta sexta-feira (9) que acertou o empréstimo de US$ 500 milhões que estava em negociação com o Banco Mundial. Os recursos serão direcionados às distribuidoras da empresa no norte e nordeste do Brasil. De acordo com reportagem divulgada pela Agência Estado na quinta-feira, o diretor do Bird para o Brasil, Makhtar Diop, informou que a transação foi concluída. Consultada pela InfoMoney, a assessoria de imprensa da empresa confirmou o acerto do financiamento, que estava sendo negociado junto ao Banco Mundial desde 2008 e entrou agora na fase de "aprovações internas". "Os recursos serão destinados ao programa de melhoria da eficiência das distribuidoras da Eletrobras nas regiões Norte e Nordeste do País. Esse valor será utilizado, entre outras finalidades, na compra de equipamentos como medidores e ações de redução das perdas", informou a empresa em nota. Em teleconferência realizada com investidores no final de março, a Eletrobras informou que precisa captar US$ 2 bilhões no mercado para melhorar seus negócios. (Infomoney – 09.04.2010)
Eletrobras e CNI vão monitorar consumo de transformadores
A Eletrobras e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) assinaram acordo para a execução de programas de capacitação e qualificação para a eficiência energética no setor industrial. A medida faz parte do Programa de Conservação de Energia Elétrica na Indústria (Procel Indústria) e incluirá também a criação da etiqueta do programa para transformadores de redes de distribuição de energia. Segundo o diretor de tecnologia da Eletrobras, Ubirajara Meira, o acordo com a CNI, que tem ainda a participação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), permitirá identificar mais setores industriais com potencial de economia no consumo de energia. “A eficiência energética é um bom negócio para o empresário”, assinalou. (Jornal da Energia – 09.04.2010)