Impulsionadas pelas compras de dólares realizadas pelo BC, as reservas internacionais do Brasil atingiram ontem o patamar recorde de US$ 250 bilhões. O valor é quase 25% superior ao registrado há um ano. Apesar de funcionar como um seguro contra a crise, o custo-benefício desse mecanismo começa a ser questionado pelos economistas. Principalmente em um momento em que a taxa de juros no Brasil volta a se distanciar da remuneração desses recursos no exterior. O economista Carlos Eduardo de Freitas diz que o custo de manutenção das reservas é equivalente a cerca de R$ 30 bilhões por ano. Como comparação, esse é o valor estimado pelo governo de quanto seria gasto, em cinco anos, com o reajuste de 7,7% aos aposentados que ganham mais de um mínimo. "É importante ter reservas, mas há um limite, pois o custo fiscal não é pequeno. Esses US$ 250 bilhões já estão de ótimo tamanho." (Folha de São Paulo - 12.05.2010)