As empresas de energia podem ter que pagar cerca de R$ 270 milhões aos consumidores neste ano, abatendo diretamente nas contas dos clientes residenciais as compensações relativas à má qualidade do fornecimento. As novas regras são mais rígidas que as anteriores. As diferenças nos valores já começam a impactar nos cofres nas distribuidoras. Na Light, a empresa começou a dar descontos aos clientes nas faturas de abril que somarão R$ 2,95 milhões -valor 1.026% maior que a média paga em janeiro de 2009, de R$ 262 mil. Esse abatimento nas faturas será dividido por 550 mil consumidores. Essa grande diferença nos valores a serem pagos já começa a provocar chiadeira nas empresas de energia. A Eletropaulo, a CPFL Piratininga, a Elektro e a RGE (Rio Grande Energia) entraram com recurso na Aneel pedindo a revisão da regra, mas a agência recusou ontem o pedido. Nelson Hubner, diretor-presidente da Aneel, disse em reunião ontem que aceita mudanças caso, em 2010, seja verificada a necessidade de ajustes. (Folha de São Paulo - 12.05.2010)
Quarta, 12 de maio de 2010
Elétricas vão "pagar" por falta de luz
Light espera que investimento em rede entre no cálculo de tarifa
A Light acredita que não terá problemas em comprovar para a Aneel que os investimentos que serão feitos na rede de distribuição poderão ser considerados na hora do cálculo da revisão das tarifas. A empresa prevê investir o total de R$ 706 milhões este ano, 25% a mais que os R$ 564 milhões do ano passado. Desse total, o setor de distribuição receberá R$ 525 milhões, 17% a mais que os R$ 450 milhões de 2009, o que considera novos medidores e a instalação de novos equipamentos. Já os investimentos na rede, que representam as novas linhas, subestações e transformadores, pularão de R$ 389 milhões no ano passado para R$ 417 milhões em 2010. "Não vejo possibilidade disso (não ser considerado na tarifa) acontecer. São todos investimentos prudentes", frisou Kelman. (Valor Online – 11.05.2010)
Light tem interesse em aumentar geração por fontes renováveis
A Light vai estudar a entrada nos próximos leilões de energia nova promovidos pela Aneel. O objetivo da companhia é aumentar a geração em hidrelétricas ou outras fontes renováveis, como a eólica, para elevar a atual capacidade instalada de 850 MW, com 510 MW médios, todos de geração hidrelétrica. A empresa já inscreveu dois projetos, situados no Ceará, para o próximo leilão de energia eólica, com capacidade conjunta de 34 MW. A empresa planeja ainda a construção de duas usinas, a pequena central hidrelétrica (PCH) de Paracambi, com 26 MW de potência instalada, e a hidrelétrica de Itaocara, que está em fase de revisão de projeto junto à agência reguladora e terá capacidade de geração de 198 MW. "Buscamos projetos eólicos e vamos avaliar os leilões para este ano, tanto os de reserva, quanto os de A-5", frisou o presidente da Light, Jerson Kelman, acrescentando que não há uma meta de elevação da capacidade de geração do grupo. (Valor Online – 11.05.2010)