Blog do GESEL- Grupo de Estudos do Setor Elétrico - UFRJ

No que diz respeito ao setor elétrico brasileiro, ao contrário do que ocorre em outros países, não há ainda um mercado spot, de fato. É nesse sentido que esse artigo enfoca que no Brasil tem-se observado um aumento significativo do número de consumidores livres, parcialmente estimulado pelo preço de curto prazo, que até 2005 estava em patamares relativamente baixos. Porém, os autores observam que desde 2005 que o PLD tem sofrido significativa volatilidade e imprevisibilidade, tornando o mercado de curto prazo de eletricidade um ambiente caracterizado por elevado grau de incerteza. Assim, este artigo objetiva estudar a dinâmica do PLD. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 13.05.2010)

O Senado Federal criou uma subcomissão, ligada à Comissão de Meio Ambiente, que vai acompanhar e fiscalizar o processo de construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA). "A subcomissão funcionará durante toda a implantação, só terminará os trabalhos quando a usina entrar em operação", disse o presidente da subcomissão, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA). O relator dos trabalhos é o senador Delcídio Amaral (PT-MS). Uma primeira reunião para elaborar a proposta de trabalho do grupo foi realizada nesta quarta-feira. A ideia, segundo Ribeiro, é realizar até o fim de junho cinco audiências públicas para obter informações básicas sobre o projeto e a situação do sistema elétrico brasileiro. Essas informações iniciais darão os subsídios para o trabalho de acompanhamento da obra. O roteiro será votado pelos integrantes da subcomissão na próxima terça-feira. Uma vez aprovado, na terça-feira seguinte, dia 25, deve ocorrer a primeira audiência, que terá como convidado o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmerman. Neste primeiro encontro em Brasília, os senadores pretendem discutir com o governo os planos para a expansão do parque gerador brasileiro. Na segunda audiência, também no Senado Federal, a subcomissão pretende obter informações sobre o licenciamento ambiental de Belo Monte e os compromissos de compensações assumidos pelos vencedores do leilão da hidrelétrica. A terceira ocorrerá em Altamira, no Pará. (Estado de São Paulo – 12.05.2010)

Apesar de descartar a entrada de novas termelétricas a partir de 2014, o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDEE) 2019 indica queda drástica de relação entre o volume de energia armazenável nos reservatórios das hidrelétricas e a carga do sistema. A previsão é que essa relação, que já foi de 9 no passado, caia dos atuais 5,1 para cerca de 3,5 em 2019. O problema, já identificado há alguns anos, deve-se à tendência da entrada em operação apenas de usinas a fio d'água, sem capacidade de regularização, por pressão de órgãos ambientais. Paralelamente a isso, a carga do sistema deverá crescer 5,1% ao ano até 2019. A baixa relação entre o volume armazenado e o consumo do sistema exigirá um maior despacho térmico para atender às exigências sazonais da carga, de acordo com o PDEE. “Não estamos planejando mais térmicas além daquelas que já foram contratadas. Isso não quer dizer que não entrarão novas térmicas. Se atrasarem as licenças para as hidrelétricas, contrataremos térmicas. Mas estamos dando prioridade para as fontes renováveis”, disse o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, na divulgação da versão preliminar do plano, que está em consulta pública. (Brasil energia – 12.05.2010)