A empresa de energia Furnas, que faz parte do sistema Eletrobras, ainda não entregou o balanço relativo ao primeiro trimestre porque estaria com problemas na adoção do novo sistema de gestão empresarial, chamado ERP, na sigla em inglês. Com isso, sua controladora, a Eletrobras, entregou o balanço consolidado apenas no dia 17 de maio - no fim do prazo, já que a data final, dia 15, caiu em um sábado. E o balanço saiu sem os dados de Furnas e de mais quatro controladas de menor porte, as distribuidoras do Acre, Roraima, Rondônia e ainda da Amazonas Energia. Segundo a Eletrobras, Furnas começou a adotar o novo sistema no dia 1º de janeiro, substituindo o que era usado desde a década de 80. Em nota assinada pelo diretor financeiro, Luiz Henrique Hamann, Furnas atribuiu a "dificuldades operacionais verificadas na migração dos documentos para o novo sistema" o atraso na divulgação do balanço do primeiro trimestre. (Valor Econômico – 20.05.2010)
Quinta, 20 de maio de 2010
Enquanto a Espanha sofre especulações de que será o próximo país a não honrar seus compromissos financeiros - a exemplo da Grécia -, as empresas daquele país não perdem o apetite e programam investime
Elecnor não deixa de investir
Enquanto a Espanha sofre especulações de que será o próximo país a não honrar seus compromissos financeiros - a exemplo da Grécia -, as empresas daquele país não perdem o apetite e programam investimentos equivalentes a R$ 2,9 bilhões na área de energia no Brasil. A Elecnor, por exemplo, programa construir cinco usinas eólicas no Rio Grande do Sul, cuja venda de energia foi vencida pela empresa no leilão de energia de reserva em dezembro de 2009. Tem em carteira ainda um conjunto de nove linhas de transmissão e sete subestações que integram o lote B das estações coletoras de energia para escoamento de energia de biomassa no Mato Grosso do Sul, leiloadas pela Aneel em 2008. O pacote todo está orçado em R$ 800 milhões, dos quais uma parte, não revelada pela empresa, corresponde ao equity. Apesar dos planos de crescimento, a elétrica se desfez de sete ativos de transmissão que estavam em operação no Brasil em favor da chinesa State Grid, em operação avaliada em R$ 3 bilhões. Os investimentos da empresa fazem parte da estratégia de aumentar sua atuação no mercado este ano, após uma atuação tímida em 2009. "Vamos continuar participando dos leilões (de transmissão) da Aneel, talvez com um pouco mais de agressividade. No último ano fomos mais conservadores porque já tínhamos muitos projetos em andamento", diz o diretor-executivo da Elecnor Transmissão, Francisco Chica. (Valor Econômico – 20.05.2010)
Abengoa mantém a estratégia de participar dos pregões
A Abengoa, grande vencedora de leilões de transmissão em 2006, perdeu força no país devido à competição com as empresas do grupo Eletrobras. Mesmo assim, mantém a estratégia de participar dos pregões. Atualmente, a empresa constrói o terceiro circuito da interligação do Acre e Rondônia ao Sistema Interligado Nacional (SIN) - a LT Jauru-Porto Velho (230 kV) - e o segundo circuito da linha de transmissão Porto Velho-Rio Branco (230 kV). Em ambos os empreendimentos, orçados em R$ 700 milhões, a elétrica tem participação de 25,5%. (Valor Econômico – 20.05.2010)