Economia Brasileira

O setor público brasileiro fechou o mês de abril com superávit primário de R$ 19,789 bilhões, o terceiro melhor de toda a série histórica. No acumulado do ano, o saldo está positivo em R$ 36,617 bilhões, o equivalente a 3,41% do PIB, superior ao resultado do mesmo período do ano anterior, R$ 30,760 bilhões, o correspondente a 3,18% do PIB. De acordo com Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do Banco Central, abril é um mês com sazonalidades positivas devido à concentração de tributos e contribuições arrecadados pelo governo. Além do aumento da arrecadação pela atividade mais aquecida, há que se considerar também que as desonerações feitas durante a crise praticamente se encerraram e os efeitos já são sentidos, afirma Lopes. "A melhora na receita dá confiança para garantir a meta de superávit do ano", fixada em 3,3% do PIB, destacou Lopes. A entrada de recursos foi tão positiva que o governo registrou superávit nominal de R$ 5,304 bilhões em abril. (Valor Econômico – 28.05.2010)

O governo central registrou superávit primário de R$ 16,6 bilhões em abril. Com esse resultado, o governo encerrou o primeiro quadrimestre de 2010 com economia fiscal para o pagamento de juros da dívida pública de R$ 24,7 bilhões, cumprindo com ampla folga a meta de R$ 18 bilhões para o período. O bom desempenho está diretamente associado à elevada expansão da arrecadação. Em abril, especificamente, a receita bruta do Tesouro ficou 33,8% maior. Outro fato que também ajudou foi a redução do déficit da Previdência Social, que decresceu de R$ 6,7 bilhões em março para R$ 3 bilhões em abril. O secretário do Tesouro, Arno Augustin, comemorou. Ele comentou que maio pode não apresentar performance favorável como a de abril. Ao indicar que a tendência é de cofres reforçados, o secretário foi questionado sobre como gerenciará o caixa, já que haverá dinheiro de sobra em meio a uma política de corte de gasto. Augustin disse que é cedo para se discutir um eventual aumento da meta anual de superávit primário de 3,3% do PIB. O superávit primário de R$ 24,7 bilhões entre janeiro e abril é resultado de receita de R$ 227,9 bilhões ante despesa de R$ 203,2 bilhões. O destaque no gasto foi a evolução do investimento. Entre janeiro e abril, as verbas destinadas a investimentos somaram R$ 12,8 bilhões. Essa despesa, porém, foi concentrada em restos a pagar do ano anterior. (Valor Econômico – 27.05.2010)

O Brasil registrou em abril déficit em transações correntes de 4,583 bilhões de dólares, ante superávit de 105 milhões de dólares um ano atrás, informou o BC nesta terça-feira. Analistas consultados previam saldo negativo de 4,85 bilhões de dólares. A conta corrente foi pressionada pela conta de serviços - cujo déficit aumentou 49,5% na comparação com abril de 2009 e foi a 2,379 bilhões de dólares - e pelo saldo comercial, que despencou a 1,284 bilhão de dólares, ante 3,692 bilhões de dólares há um ano. As remessas de lucros e dividendos também tiveram alta expressiva, alcançando 3,346 bilhões de dólares em abril, frente a 1,716 bilhão de dólares há um ano. O déficit em transações correntes foi superior aos investimentos estrangeiros diretos, que somaram 2,223 bilhões de dólares no mês passado, frente a 3,409 bilhões de dólares em abril de 2009. Os investimentos em carteira, por outro lado, totalizaram 7,316 bilhões de dólares, ante saída de 74 milhões de dólares em abril do ano passado. Em 12 meses até abril, o déficit em transações correntes era equivalente a 1,99% do PIB. (Reuters – 25.05.2010)