O presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, disse hoje que as licenças de instalação da UHE de Belo Monte podem ser antecipadas de dezembro para outubro, enquanto as obras podem ser iniciadas até seis meses antes do previsto. Tolmasquim foi palestrante no Encontro dos Conselheiros da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, que acontece em Costa do Sauípe (BA). "Tenho escutado o grupo vencedor (consórcio liderado pela Chesf, com Queiroz Galvão, Mendes Jr e outras oito empreiteiras) falar em até seis meses. Era 2015 e seria meados de
Sexta, 18 de junho de 2010
Licença de instalação de Belo Monte pode ser antecipada para outubro
Belo Monte não põe em risco riquezas naturais do país, diz EPE
A exploração do potencial energético da Amazônia não colocará em risco as riquezas naturais do Brasil, que precisa acrescentar 3.300 MW médios de energia a cada ano, caso queira viabilizar um crescimento econômico futuro em torno de 5%. A afirmação foi feita na última quarta-feira, 16 de junho, pelo presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, que participou de audiência pública sobre os impactos da construção de Belo Monte, na região do Rio Xingu, no Pará. A audiência pública foi promovida pela subcomissão temporária criada no âmbito da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle para acompanhar a execução da obra. O presidente da EPE reconheceu, no entanto, a sensibilidade do bioma amazônico, o que torna natural a preocupação dos ambientalistas. Tolmasquim disse que existe espaço para o aumento da eficiência energética no Brasil, como defendem alguns ambientalistas, mas que essa medida não seria suficiente para garantir o crescimento do país. (CanaLEnergia – 17.06.2010)
Governo assume controle total de Belo Monte
Às vésperas de assinar os últimos contratos para tirar a UHE de Belo Monte do papel, o governo assumiu o controle total do empreendimento. Os homens do Planalto no comando da operação são Valter Cardeal, diretor da Eletrobrás, e Adhemar Palocci, diretor da Eletronorte, em abril, eles articulam a formação final da empresa que vai explorar a UHE por 35 anos. Nas mãos deles, está a escolha dos fornecedores de equipamentos, que envolve contratos de R$ 6 bilhões, e a contratação das empreiteiras para construir a usina, orçada pelo governo em algo como R$ 16 bilhões. A usina foi apresentada pelo Planalto como um projeto privado, ficando fora das regras de licitações de obras públicas. Na prática, porém, o governo entregou a concessão para si mesmo. Hoje, o único papel das oito empresas privadas, que ao lado da estatal Chesf formaram o consórcio Norte Energia e venceram o leilão, é participar de encontros semanais para tomar conhecimento das decisões do governo. (Estado de São Paulo – 17.06.2010)