Economia Brasileira

O setor público registrou em maio superávit primário de R$ 1,430 bilhão, de acordo com dados divulgados hoje pelo BC. O resultado ficou abaixo do piso das previsões do mercado, que variavam de superávit de R$ 4,900 bilhões a R$ 8,400 bilhões em maio, com mediana em R$ 7,100 bilhões. O governo central registrou déficit primário de R$ 1,431 bilhão, enquanto os governos regionais tiveram superávit de R$ 1,469 bilhão e o conjunto das empresas estatais teve saldo positivo de R$ 1,392 bilhão - sendo R$ 935 milhões das estatais federais. A diferença entre o resultado do governo central apurado pelo BC e o registrado pelo Tesouro - e anunciado na manhã de hoje, mais cedo - deve-se às metodologias de apuração. (Hoje em Dia - 29.06.2010)

A participação de investidores estrangeiros na dívida pública federal interna voltou a crescer em maio, chegando a 8,95% do total do estoque - o equivalente a R$ 133 bilhões. O movimento recuperou a queda ocorrida em abril. Segundo o coordenador-geral da Dívida, Fernando Garrido, o crescimento contínuo do aporte de recursos vindos do exterior se deve ao grau de investimento concedido ao Brasil pelas principais agências de classificação de risco, além dos juros altos pagos no país. A dívida pública federal aumentou novamente em maio e chegou a R$ 1,614 trilhão. Com isso, ficou 1,85% superior ao registrado em abril. O total de emissões no mês passado chegou a R$ 21,28 bilhões, enquanto os resgates caíram R$ 11,14 bilhões. Dessas emissões, R$ 5,8 bilhões em títulos foram referentes à conclusão da capitalização do BNDES. No ano passado, o Tesouro já havia emitido R$ 100 bilhões em favor do banco de fomento, com aporte de mais R$ 80 bilhões em 2010. (Folha de São Paulo – 25.06.2010)

O governo federal arrecadou 61,114 bilhões de reais em impostos e contribuições em maio, valor recorde para o mês, refletindo a atividade aquecida e o fim de estímulos fiscais concedidos em meio à crise global. A Receita Federal do Brasil informou nesta terça-feira que a arrecadação teve alta de 16,55% em relação ao mesmo mês de 2009, segundo dados corrigidos pela inflação. Os números de maio também foram impulsionadas por um repasse extraordinário de cerca de 1,2 bilhão de reais feito pela Caixa Econômica Federal ao TN, relativos a depósitos judiciais antigos. O recolhimento do IPI foi o que teve maior crescimento na comparação anual, de 41%, para 3,170 bilhões de reais. Nos primeiros cinco meses do ano, as receitas federais somaram 321,416 bilhões de reais, 13,27% acima dos 283,765 bilhões de reais de igual período do ano passado. Os dados são corrigidos pelo IPCA. (Reuters – 22.06.2010)