A realização de leilões de
energia nova com centrais termelétricas não representa garantia efetiva de
expansão da capacidade instalada. Essa é uma das principais conclusões de um
estudo divulgado pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade do Rio
de Janeiro acerca dos atrasos de termelétricas que negociam energia nesses
certames. Segundo o estudo, coordenado pelo professor Nivalde de Castro, o
atual desenho regulatório e institucional não tem sido suficiente para garantir
a expansão da capacidade instalada dentro dos cronogramas estabelecidos, quando
se trata de térmicas, o que resulta em impactos na operação e na formação do
Preço de Liquidação de Diferenças. O estudo destacou que de um total de 16.999
MW de novos projetos de usinas térmicas fiscalizados pela Agência Nacional de
Energia Elétrica, 9.411 MW apresentam restrições para entrada em operação
comercial na data prevista, diante da existência de problemas como não obtenção
de licenças ambientais ou indefinição no fornecimento de combustível. Desse
montante, 1.699 MW deveriam entrar em operação em 2011, 1.570 MW em 2012 e
5.294 MW em 2013. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ –
02.09.2010)
Quinta, 2 de setembro de 2010
GESEL: marco regulatório não garante operação de térmicas dentro do cronograma
Acionistas de Belo Monte assumem o risco de escavação de canais da usina
Os sócios da empresa Norte
Energia, vencedores do leilão da hidrelétrica de Belo Monte vão assumir os
riscos de escavação dos canais da usina que será construída no Pará. A previsão
contratual com as construtoras que vão erguer a usina é que qualquer custo
extra que for auferido em função do tipo de rocha será assumido pela sociedade
investidora.Desta forma, o consórcio construtor terá a seguinte formação:
Andrade Gutierrez com 18%, Odebrecht com 16%, Camargo Corrêa com 16%, OAS com
11,5%, Queiroz Galvão com 11,5%, Contern com 10%, Galvão Engenharia com 10%,
Cetenco com 2%, J. Malucelli com 2% e Serveng com 3%.A empreitada foi fechada
por um valor aproximado de R$ 15 bilhões, ou cerca de 60% do total a ser
investido e que está estimado em R$ 25 bilhões. Toda a parte de construção das
casas de força e das barragens foi feito por contrato fechado, ou seja, as
construtoras é que assumem o risco de construção. (Valor Econômico-02.09.2010)
Aneel analisa proposta que otimiza desligamento de agentes inadimplentes da CCEE
A Aneel deve colocar em
audiência pública uma proposta da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
para aperfeiçoar procedimentos do mercado, que permitam reduzir problemas de
inadimplência, entre outros pontos. As propostas foram encaminhadas pela CCEE
em maio passado. Segundo a CCEE, a Aneel está analisando propostas de ajustes e
melhorias em processos como a adesão de agentes e a aplicação de penalidades. A
idéia é otimizar as rotinas envolvidas no desligamento de agentes devido a
descumprimento de obrigações, destacou a câmara. (Canal Energia – 01.09.2010)